Consumo de carne bovina deve ser favorecido pela economia, reforça analista do Cepea

Entre os fatores que levam às boas perspectivas para a pecuária em 2018 estão o dinheiro que circula em anos eleitorais, os efeitos da Copa do Mundo e a crescente demanda externa

Nesta sexta, 23, o Giro do Boi levou ao ar entrevista com o economista agroindustrial, mestre em economia aplicada e doutor em administração de empresas Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Cepea/Esalq-USP. Em conversa com o repórter José Neto, o analista afirmou que segue olhando para o mercado da pecuária com otimismo para o médio prazo. Entre os fatores estão a recuperação da economia do Brasil, o que indica que um consumo interno firme, e a constante evolução na demanda externa pela carne bovina brasileira.

“Podem acontecer movimentos durante o ano, dentro e fora da cadeia produtiva, que levam à oscilação de preços. Mas o que a gente vem observando no último ano é um mercado doméstico cada vez mais firme, a recuperação econômica, o emprego está demorando um pouco mais, mas também vem recuperando… São fatores que nos levam a crer que o mercado vem bem, firme, com expectativa boa para o consumo interno porque a recuperação traz impulso para o preço da carne. Também estamos em ano de eleição, ou seja, tem dinheiro rodando no mercado, bom pra valorização da carne e do boi, além de ser ano de Copa do Mundo”, disse Bernardino ao analisar o cenário.

Pela tendência que se configura, o pesquisador do Cepea afirmou que espera um ano bom para o confinamento. “Tende a ser bom, mas é preciso que o pecuarista faça conta”, aconselhou. A intensificação, segundo o analista, deve ser seguida pelo uso de ferramentas de proteção do preços.

Para ter sucesso na terminação intensiva, Bernardino ressaltou que o pecuarista deve monitorar os preços do bezerro e boi magro, dos insumos que compõem a dieta, como o milho, e o valor previsto para o seu boi gordo ao final do ciclo no mercado futuro, e então fazer as contas do custo e de margem.

Confira na íntegra a entrevista na íntegra com o pesquisador do Cepea/Esalq-USP, Thiago Bernardino: