Rastreabilidade ajuda na gestão da fazenda e pode agregar valor à carne bovina

Saiba como funciona a rotina de um confinamento do interior de SP gerenciado por duas mulheres com trabalhos focados em supervisão de rastreabilidade e produção

Nesta sexta, dia 17, o Giro do Boi exibiu entrevista feita com duas profissionais responsáveis por um dos confinamentos mais eficientes do Brasil. Bruna Oliveira e Caciana Braganholo são, respectivamente, supervisora de produção e supervisora de rastreabilidade do boitel da JBS em Guaiçara, no Centro-Oeste do estado de São Paulo. O boitel, próximo à cidade de Lins-SP, tem capacidade estática para 13 mil cabeças, terminando mais de 30 mil animais por ano em cerca de dois giros de meio.

Em depoimento, Caciana tratou da importância da rastreabilidade para a gestão do pecuarista sobre o seu rebanho e também da potencial captura de valor pelos animais rastreados. “Para dentro da porteira isso é muito importante porque você consegue visualizar o seu rebanho. […] Você tem uma visão maior do seu processo, sabe se um animal está comendo, consegue controlar o seu estoque de rebanho de forma melhor, sabendo quando o morreu animal, se nasceu um animal, se chegou na propriedade”, apresentou.

Segundo a supervisora, a rastreabilidade serve também como ferramenta para agregar valor à carne bovina. “É para entregar para o consumidor uma carne com garantia de qualidade para ser levada para a mesa da família brasileira, europeia e de todo o mundo um produto de maior qualidade”. acrescentou. Uma destas possibilidades, por exemplo, é a Cota Hilton, nas quais os animais devem ser rastreados desde os dez meses de idade para estarem aptos à exportação.

Já Bruna detalhou como funciona a rotina para garantir que os animais enviados para terminação no boitel desempenhem bem no cocho. “Depois do processo que ocorre no curral, os animais vão descer para as baias onde será fornecida ração quatro vezes por dia. O período de adaptação dos animais é primordial. Eles não podem passar fome senão o desempenho deles vai ser afetado. A gente preconiza muito essa alimentação de adaptação, com feno junto com a ração para uma dieta mais volumosa, que que o animal vem a pasto, não é adaptado à dieta muito energética. […] Eles vão ficar em torno de 13 dias em adaptação para depois variar a dieta para dieta de crescimento e depois de terminação, que é a dieta final. […] A gente tem leitura de cocho pela manhã e a noturna. […] É quando se dá as notas de corte, de aumento ou mantença […] Tem todo um processo de um software, então tem tudo controlado nele”, resumiu.

Veja os detalhes pelo vídeo abaixo: