Quer prevenir a diarreia viral bovina? Conheça estes três passos

BVD pode potencializar prejuízos por deprimir o sistema imunológico dos animais, mas sua detecção é um dos principais obstáculos

Nesta quinta, 15, o Giro do Boi exibiu entrevista com os médicos veterinários Fabrício Torres, proprietário do Laboratório de Análises Axys, e Carlos Alberto Rodrigues, titular da Clínica Samvet e consultor de uma propriedade produtora de leite localizada no interior do estado de São Paulo. Em conversa com o repórter José Neto, os profissionais debateram os prejuízos causados pela BVD, a diarreia viral bovina, e quais são as principais formas de combate à doença.

“É sabido que BVD provoca imunosupressão nos animais, você tem agravantes em animais jovens como tristeza parasitária e doenças respiratórias; nos adultos, a mastite. De forma geral, como ela deprime o sistema imune, ela agrava todas as doenças”, disse Rodrigues. No entanto, mesmo com os inúmeros problemas causados, a detecção da doença ainda é um desafio para o pecuarista, justamente pela dispersão de sintomas e prejuízos.

Para ajudar o pecuarista no combate desta doença praticamente invisível dentro da porteira, o veterinário Fabrício Torres lançou um “tripé” de recomendações a serem seguidas e assim evitar a incidência da BVD na fazenda. “O diagnóstico e retirada dos PIs do rebanho (animais persistentemente infectados); os protocolos vacinais bem estabelecidos – e aí é importante lembrar que o sucesso de um protocolo vacinal está 90% na mão de quem aplica, pois é importante saber quando aplicar, em quem aplicar, por que aplicar para colher o máximo benefício da ferramenta vacina; e o terceiro ponto é a biossegurança. Toda vez que eu trago um animal de fora, que eu abro portas para a entrada de novos agentes, a propriedade fica vulnerável. Sempre que eu compro animais, eu tenho que pensar que ele vai entrar em contato com doenças que eventualmente já tem na fazenda e que o organismo dele desconhece e ele pode trazer doenças que não tenham na fazenda. Então é importante eu ter um protocolo de testes, de quarentena, garantindo que esses animais eventualmente comprados vão entrar dentro do sistema de produção sem causar nenhum tipo de prejuízo para a fazenda”, detalhou Torres.

Veja abaixo a entrevista completa com os veterinários Fabrício Torres e Carlos Alberto Rodrigues.