Investimento em limpeza de pastagens retorna ao pecuarista em até quatro meses, afirma agrônomo

Para especialista, pecuarista que investir no combate à infestação de plantas daninhas no início das águas pode obter retorno financeiro dentro da mesma estação

Nesta quinta, 11, o engenheiro agrônomo Gabriel Gurian participou do quadro Giro pelo Brasil para repassar dicas técnicas e financeiras de controle de plantas daninhas em pastagens.

O especialista calculou que, para uma infestação média de plantas de difícil controle e indesejáveis nas pastagens, o volume de defensivos necessário é de dois a três litros, o que representa um custo de duas a duas arrobas e meia. “Se a gente fizer o cálculo do quanto vai aumentar a quantidade de animais que o produtor vai conseguir colocar nessa área, em unidade animal por hectare, a gente calcula que ele vai esperar no máximo quatro meses, contando período de intervalo para primeiro pastejo – trinta dias -, um mês de pastejo com essa quantidade maior de animais, fazenda uma vedação e mais outro mês. São no máximo quatro meses para ele tirar o retorno. No mesmo período das águas, ele consegue aumentar a quantidade de arrobas produzidas na mesma área e pagar totalmente o investimento”, destacou.

O agrônomo também falou sobre a importância de controlar as ervas daninhas antes de pensar em adubação. “Quando a gente está adubando uma área que tenha planta daninha e a forrageira, a gente está dando alimento para as duas. E a planta forrageira tem um sistema radicular com menor força e habilidade para extrair esse adubo do solo em relação à planta daninha, que tem um sistema radicular mais profundo e consegue até levar vantagem em relação à forrageira”, advertiu.

Gurian ainda revelou qual é o melhor período para fazer o primeiro controle das plantas de infestação após a formação, ou a reforma, de uma área de pasto. “Podemos falar de 30 a 45 dias após a emergência da forrageira. Nós fazemos a aplicação do herbicida para controlar as plantas daninhas e o importante é que a forrageira esteja em condições de cobrir toda a área, ou seja, quando aplicarmos o herbicida, controlamos as plantas daninhas e a forrageira consegue vedar o solo de modo que impeça as outras sementes das plantas daninhas germinarem”, recomendou. Se o produtor não fizer deste modo, completou Gurian, é possível que tenha que fazer outra aplicação.

Ainda segundo Gabriel Gurian, a limpeza da pastagem também valoriza o imóvel, caso seja da vontade do proprietário negociar as suas terras.

Veja as explicações completas no vídeo abaixo: