Seca dificultou deposição de gordura em abates no AC e RO em outubro

Grande porcentagem de animais terminados a pasto, sobretudo no estado do Acre e ao norte de Rondônia, dificultou deposição de gordura nas carcaças

No quadro Palavra do Gerente que foi ao ar nesta quarta, 22, o gerente regional de originação para os estados do Acre e Rondônio, Bruno Brainer, interpretou os dados sobre a qualidade das carcaças processadas pelas unidades no mês de outubro em comparação com setembro deste ano de 2017.

Em outubro, enquanto as chuvas ainda não caíam sobre a região, alguns lotes advindos de confinamento foram abatidos em média um pouco mais jovens, o que elevou a quantidade de animais com idade ideal de 62,17% par 62,88% do total. Mas a predominância de animais terminados a pasto em meio à seca levou a dificuldade na deposição de gordura nas carcaças e a porcentagem de animais com acabamento adequado caiu de 24,07% para 20,99%.

No Farol da Qualidade consolidado, reflexo na diminuição do volume de animais desejáveis (farol verde) de 13,45% para 11,63%. Já o farol vermelho (animais no padrão indesejável) sofreu ligeira queda de 14,05% apara 13,63% e o farol amarelo (tolerável) subiu de 72,49% para 74,74%.

“Por mais que o estado de Rondônia tenha aumentado o volume de confinamento nos últimos anos e os pecuaristas tenham ajustado seus sistemas de produção para a terminação em cocho, o percentual de animais abatidos a pasto ainda é grande, principalmente no norte do estado. Já no Acre, é basicamente só a pasto. E em outubro, com influência forte do auge da seca, de fato se perdeu um pouco no acabamento”, justificou o Brainer.

Veja os gráfico completos no vídeo abaixo: