Sucessão rural: como uma boa história garante o futuro de sua fazenda?

Sucessão familiar no agronegócio: para José Luiz Tejon, contar a história de sucesso da propriedade ajuda na formação de novas gerações

A segunda edição do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, que a cidade de São Paulo vai sediar a partir desta terça, 17, foi um dos destaques do Giro do Boi desta segunda-feira. O evento, que abordará temas como  formação de lideranças globalizadas e empreendedoras, sucessão e gestão, terá como um dos convidados o jornalista, publicitário, administrador com ênfase em marketing e coordenador de pós-graduação do Núcleo de Agronegócio da ESPM/SP, José Luiz Tejon Megido. O comunicador, que é um dos palestrantes do evento, falou ao Giro do Boi desta segunda, 16, com exclusividade.

“Muitas das mulheres estão voltando da cidade grande para o campo. São colaboradoras, zootecnistas, veterinárias. Elas estão crescendo muito no corpo técnico”, animou-se Tejon.

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“Antes diziam que se você quisesse ser alguém na vida, tinha que sair do campo e ir para a cidade grande estudar. Hoje é o contrário. Se você quiser ser alguém, crescer na vida, você estuda e vai para o campo. As cidades grandes, como a região da grandiosa São Paulo, com quase 30 milhões de pessoas, não comportam todo mundo. Vamos começar a assistir o retorno ao campo”, previu Tejon.

Antes diziam que se você quisesse ser alguém na vida, tinha que sair do campo e ir para a cidade grande estudar. Hoje é o contrário. Se você quiser ser alguém, crescer na vida, você estuda e vai para o campo.

Segundo ele, as cidades do interior ligadas ao agro têm se destacado na geração de riqueza. “O Brasil é fascinante. Para quem não conhece esse Brasil interior, é coisa mais espetacular. Hoje quando a gente vai nessas cidades, tem gente dando aula de tecnologia, de mais produtividade do gado, integração lavoura-pecuária. O Brasil é fascinante! É só parar de prestar atenção em Brasília que a gente percebe”, brincou o comunicador.

PECUARISTA E CONTADOR DE HISTÓRIA

Mas os desafios ainda são expressivos. Segundo Tejon, são minoria os gestores rurais que estão preparados para passar o bastão do seu negócio. “Sucessão é uma preocupação. Significa criar novas gerações. Agora nós vamos para a agricultura digital, pecuária com inteligência artificial, e o jovem tem nisso uma aderência grande. Então qualquer pecuarista ou agricultor precisa ter um grupo humano que goste de mexer com isso”, avisou Tejon.

“A sucessão historicamente costuma ser exceção, não é algo tão simples”, ponderou. E, segundo o comunicador, as mulheres podem contribuir para solucionar este problema. “As mulheres, em média, são mais preocupadas com a sucessão do que os homens”,  revelou, valendo-se da pesquisa da ABMRA, a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócios.

Para o especialista, um fator que pode ajudar na hora da sucessão familiar rural é contar a história do empreendimento. “Quando a gente é jovem, a gente esquece, por isso as histórias têm que ser contadas. O pioneirismo dos nossos pais, avós e bisavós, isto dá uma força gigantesca para enfrentar obstáculos”, recomendou.

MÚSICA PARA AS MULHERES DO AGRO

Em sua participação, José Luiz Tejon aproveitou para lançar a música oficial do 2º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, que conta justamente a saga das mulheres que estão voltando ao campo, agora como protagonistas das histórias de sucesso da agropecuária brasileira. Clique no player abaixo e escute a canção.

CARAVANA DA PRODUTIVIDADE 

Na entrevista completa de Tejon ao Giro do Boi, ele ainda fala sobre deseducação alimentar, formação de lideranças e interagiu ainda com a médica veterinária e coordenadora de demanda da Boehringer Saúde Animal, Marielle Azevedo.

Ela destacou a agenda da equipe 1 da Caravana da Produtividade, que percorre nesta semana cidades do Paraná (Ribeirão Claro-16 e Santo Antônio da Platina-17) e São Paulo (Marília-18, Tupã-19 e Parapuã-20).

Confira em todos os detalhes a entrevista de José Luiz Tejon e Marielle Azevedo ao Giro do Boi no vídeo abaixo: