Os desafios da ciência para alimentar o mundo

Confira a entrevista com o mestre e doutor em agronomia Durval Dourado Neto, diretor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, a Esalq, ligada à Universidade de São Paulo (USP)

Os desafios da ciência para alimentar o mundo devem ser grandes daqui para frente.

Especialmente porque o consumo mundial de alimentos deve crescer 62% até 2025.

O dado é da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês).

Para falar do trabalho da ciência para ajudar nessa tarefa, o Giro do Boi entrevistou o mestre e doutor em agronomia Durval Dourado Neto.

O pesquisador é diretor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, a Esalq, ligada à Universidade de São Paulo (USP).

A instituição de ensino fica em Piracicaba (SP) e está entre as melhores do mundo na área das ciências agrárias. Para ele, todas as tecnologias devem caminhar para conferir um sistema em equilíbrio.

“Se não houver sustentabilidade econômica, não há sustentabilidade ambiental e social”, diz cientista

Como a ciência ajudará a maior produção de alimentos?

Fachada do campus central da Esalq em Piracicaba (SP). Foto: Reprodução
Fachada do campus central da Esalq em Piracicaba (SP). Foto: Reprodução

A pesquisa brasileira está cada vez mais focada no uso racional de recursos e insumos. Entre as inovações estão projetos para aplicação localizada de defensivos.

Outro ponto importante é o desenvolvimento de tecnologias para fazer o melhor aproveitamento de áreas.

Atualmente o País conta com cerca de 74 milhões de hectares de áreas agricultáveis e 174 milhões de hectares de áreas de pastagens.

O melhor uso dessas áreas pode fazer com que a produção de alimentos possa dar um grande salto de produtividade.

“Identificamos 55 milhões de hectares que podemos utilizar, com o todo o critério científico, que possa atender a essa demanda mundial para o aumento de produção de alimentos”, diz Dourado Neto.

Universidade agrícola centenária

Alunos em sala de aula: Esalq forma cerca de 2,3 mil estudantes por ano. Foto: Reprodução
Alunos em sala de aula: Esalq forma cerca de 2,3 mil estudantes por ano. Foto: Reprodução

Hoje com 122 anos, a Esalq se consolida mundialmente como uma das maiores referências no ensino e pesquisa do agro no Brasil e no mundo.

Atualmente a universidade possui quatro estações experimentais, 12 departamentos e 140 laboratórios.

A instituição conta com 190 professores e 450 funcionários. São sete cursos de graduação no agro que formam 2,3 mil estudantes, por ano.

Não deixe de conferir na íntegra da entrevista com o diretor da Esalq no vídeo acima.