Agro brasileiro é carro esportivo com freio de mão puxado, comparam estrangeiros

“Países desenvolvidos já estão no seu limite e Brasil está apenas começando”, disse agrônomo após conhecer pecuária em três continentes

“É um Porsche a 4.000 giros, engatado com a primeira, mas com o freio de mão puxado. E que a gente está prestes a soltar este freio de mão a qualquer momento, então ninguém segura”. Foi isto que o engenheiro agrônomo, mestre e doutor em tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários Henrique Campos, da empresa de consultoria Sabri – Sabedoria Agrícola, escutou de um profissional dos Estados Unidos sobre a agropecuária brasileira.

Campos voltou ao Brasil depois de uma expedição de dois meses por países tradicionais na produção de carne bovina ou com mercado consumidor em desenvolvimento da Ásia, América do Norte e Europa, passando por China, Singapura, Filipinas, Hong Kong, Irlanda, Alemanha e Estados Unidos.

“Dentro desse giro todo, (chamou atenção) o medo que o mundo agrícola tem do Brasil com relação ao nosso potencial”, frisou o agrônomo. “Um detalhe que chamou mais atenção é como esses países desenvolvidos já estão no seu limite e como o Brasil está apenas começando”, completou.

Para Campos, o setor de produção de carne bovina no Brasil deve apostar no desenvolvimento do setor por meio de tecnologias que elevem a produtividade com custo baixo e qualidade de produto. Isto porque há uma grande janela de oportunidades que ele visualizou em sua expedição. “O mercado da Ásia está buscando esta fonte de proteína, um mercado já desenvolvido como nos Estados Unidos já está em seu teto produtivo, está no máximo ali, e Europa com um sistema de produção inviável. Então há uma oportunidade de vender para estar mercado europeu exigente, de vender para este mercado asiático produzindo de uma maneira muito mais barata que o mundo inteiro conseguiria”, resumiu.

Veja a entrevista completa com Henrique Campos pelo vídeo abaixo: