Calibragem de equipamentos pode aumentar em até 20% a eficiência da pulverização aérea

Ajustes em aeronave que fez aplicação de defensivos em uma fazenda em Gaúcha do Norte, no Mato Grosso, fizeram com que a área de aplicação aumentasse em 100 hectares a mais por hora

Quem visitou o estúdio do Giro do Boi nesta segunda, dia 30, foi o engenheiro agrônomo, mestre e doutor em tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários Henrique Campos, consultor da Sabri (Sabedoria Agrícola). Ele reuniu dicas para o pecuarista melhorar o rendimento da aplicação aérea de defensivos em suas pastagens.

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O especialista confirmou que é possível aumentar em até 20% a área alcançada pela pulverização simplesmente ajustando o equipamento. “A gente faz um ajuste simples, às vezes cinco, dois metros, e acaba rendendo 20% a mais. É um ajuste fino que a gente faz e que está ajudando muito o pecuarista”, declarou.

Esta melhora foi mensurada em uma propriedade localizada em Gaúcha do Norte, no Mato Grosso. “A aeronave voava 200 km/h, então são 200 mil metros em uma hora. Ela aumentou em 5 metros (a faixa de aplicação), então foram 1 milhão de metros quadrados pulverizados, ou seja, foram 100 hectares a mais por hora”, calculou Henrique Campos.

A conquista é uma combinação de diversos fatores para melhorar a aplicação aérea de herbicidas. Adequação da faixa a receber o produto, ajuste do tamanho das gotas para evitar dispersão e mensuração das condições meteorológicas ideais, como temperaturas até 30ºC e umidade relativa do ar acima de 50% para evitar evaporação, além de ventos que não passem dos 15 km/h, formam o cenário ideal. Nesta situação, é importante entender que a temperatura da pista não é a mesma observada nos locais que devem receber a calda, por isso é importante fazer o reconhecimento da área.

Além disto, o agrônomo conta com o auxílio de um equipamento que detecta a eficácia da aplicação, desenvolvido nos Estados Unidos. “As pesquisas não param e vão surgindo novas tecnologias. Esta, em específico para pulverização aérea, a gente trouxe dos Estados Unidos. É uma ferramenta rápida, automatizada e a gente consegue ver como está ficando, é o raio-x da aplicação, e aí conseguir incrementos de produtividade”, detalhou Campos.

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