Controle de plantas daninhas custa até quatro vezes menos que reforma de pastagens

Novo defensivo permite recuperação de áreas infestadas com plantas daninhas duras com custo menor e libera pastejo com até quatro meses de antecedência

O período das águas já terminou para praticamente todo o Brasil pecuário, à exceção de parte do Nordeste, e este é o momento em que a pastagem tem o merecido descanso para se fortalecer e voltar com força junto à próxima temporada de chuvas. Mas para que isso ocorra, o produtor deve fazer a sua parte: entender a dinâmica do ciclo das forrageiras para poder recuperar suas áreas do modo mais adequado a partir das ferramentas disponíveis: correção do solo, adubação, aquisição das sementes adequadas para a propriedade, semeadura, controle de plantas daninhas com herbicidas e prazo de carência para liberar o pastejo.

No Giro do Boi desta quarta, 12, o engenheiro agrônomo e mestre em solos e nutrição de plantas, Neivaldo Cáceres, pesquisador da linha de pastagens da Corteva Agriscience, concedeu entrevista ao programa para listar o passo a passo da recuperação das pastagens.

Neivaldo lembrou que com a inovação da tecnologia XT, herbicida lançado em 2018 pela companhia, o pecuarista consegue fazer a recuperação de certas áreas infestadas com plantas daninhas de difícil controle, como as lenhosas e as semilenhosas, sem a necessidade da reforma. “A tecnologia XT permite hoje que a gente entre nesta área (foto acima) em que até pouco tempo atrás não era possível. São plantas de difícil controle e aí você tem a recuperação do capim. Era uma realidade que até pouco tempo atrás o pecuarista enxergava uma única solução, que era a reforma, tão grande era a infestação e tão pouco capim em relação a planta daninha que ele tinha que voltar um novo ciclo, tombar o solo corrigir, plantar semente. De três a até quatro vezes o custo deste tratamento”, calculou Cáceres.

“Então a gente tem tido grata experiência de estar recuperando estas áreas sem reforma. […] Comparando a reforma com a recuperação, você tem outro ponto a considerar. Na reforma você tem até cinco, seis meses entre você começar a trabalhar o solo até colocar gado novamente para pastejo. Em uma recuperação, depois de 60 dias que você permitiu a recuperação do pasto, já pode colocar novamente o gado”, destacou o pesquisador.

Mas quando a recuperação ainda compensa para o produtor? Neivaldo lembrou que é possível recuperar áreas em que há uma boa população de touceiras por metro quadrado. Se não há, então é o caso de se optar pela reforma completa.

O especialista ainda falou sobre a importância da amostragem, análise e correção de solo, adubação foliar, importância da escolha da forrageira adequada e o início da aplicação de herbicidas, manejo que deve ser feito com cerca de 15 dias após a germinação do capim. O agrônomo falou ainda sobre o momento ideal de liberar a área para o pastejo. Os detalhes das informações repassadas pelo pesquisador Neivaldo Cáceres podem ser obtidos pelo vídeo abaixo, na entrevista completa concedida ao programa desta quarta: