Esalq/USP desenvolve pesquisa que melhora em 33% o uso da IATF

Encurtamento do período de aplicação dos protocolos de inseminação viabiliza o trabalho com volume maior de matrizes em menos tempo

Nesta quinta, 09, o Giro do Boi exibiu entrevista com Roberto Sartori, graduado, mestre, doutor e pós-doutor em medicina veterinária, além de professor e pesquisador da Esalq/USP. Em pauta esteve uma descoberta feita em um estudo conduzida por Sartori no Departamento de Zootecnia da instituição que apontou uma forma de intensificar a produtividade da IATF – inseminação artificial por tempo fixo.

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“A pergunta é: por que não estamos aumentando ainda mais o uso da tecnologia em gado de corte? Ainda estamos em cerca de 12% das fêmeas em idade reprodutiva sendo inseminadas no Brasil, o resto é servido por touros. Seguindo esta linha de raciocínio, estamos quebrando a cabeça e trabalhando no sentido de intensificar o uso da IATF, que a gente sabe, vai trazer muitos benefícios ao produtor rural”, frisou Sartori.

Uma das mais recentes pesquisas está analisando como um manejo mais simples do protocolo da IATF pode aumentar a eficiência da aplicação dos protocolos. “Estamos desenvolvendo um protocolo mais curto, descobrindo dias mais interessantes para trabalhar durante a semana, com um protocolo com nove dias de manejo total, sendo sete dias para colocação dos implantes de progesterona, em que nós conseguimos trabalhar mais fêmeas, mais fazendas, mais retiros por semana”, resumiu Sartori.

Na comparação com a aplicação dos protocolos convencionais, que é aplicado em cerca de dois lotes por semana, o novo manejo pode inseminar até três lotes, com o potencial aumento de 33% no número de animais inseminados por sessão.

O experimento já foi feito com análise da taxa de concepção em cerca de 15 mil vacas, o que dá validação significativa para a descoberta. “Temos índices similares aos outros protocolos, então não compromete em nada os resultados em eficiência reprodutiva e taxa de concepção. Já avaliamos em milhares de animais e também não aumentou a taxa de gemelaridade, que seria uma das preocupações”, complementou Sartori.

Confira os detalhes pelo vídeo abaixo:

*Agradecimento especial à TV USP Piracicaba pela cessão de imagens que compõem a reportagem.