Pecuária é o maior exemplo de sustentabilidade do Brasil, diz agrônomo

Além de aumentar a própria produtividade e oferecer proteína a preços competitivos, pecuária impulsiona economia ao liberar áreas para outras atividades

Em entrevista ao Giro do Boi desta quarta, 11, o engenheiro agrônomo esalqueano Felipe Daltro, líder de marketing para proteção de cultivos da Corteva Agriscience no Brasil e Paraguai, destacou o papel da pecuária para a evolução do agro no país não só pelo aumento de sua própria produção, mas também por liberar áreas para outros cultivos relevantes para a economia nacional.

“Por onde quer que eu ande no Brasil eu vejo as famílias tradicionais de pecuária passando de geração em geração. Eu acredito que a pecuária é o maior exemplo de sustentabilidade no nosso país, na nossa agricultura. A atividade produz mais a cada ano na mesma área, obviamente deixa a carne em um preço competitivo, melhorando então a vida não só de quem produz, mas de quem consome também, e ao mesmo tempo libera espaço para este país agrícola e exportador explorar todo o potencial de suas grandes culturas, garantindo que novas gerações venham e sigam firme na lida no campo”, sustentou Daltro, que também é pós-graduado em biotecnologia e tem MBA executivo internacional pela Universidade de Pittsburgh.

Para o agrônomo, embora a atividade já tenha avançado satisfatoriamente, ainda há espaço para explorar mais seu potencial. “A informação existe, está nas universidades, nos centros de pesquisas há décadas. Hoje nós conseguimos falar de 50 arrobas por hectare ano, mas nós temos uma média nacional na casa de 5 a 6 (@/ha/ano) ainda. Então a importância de uma oportunidade como esta é de massificar a tecnologia, massificar a melhor informação e a mais atual para o nosso amigo pecuarista fazer uso no momento correto”, destacou.

Em sintonia com esta necessidade de elevar o nível de produtividade da pecuária em toda extensão territorial do país, a empresa está fazendo investimentos expressivos em uma área que pode melhorar o desfrute daquele dos principais diferenciais da bovinocultura nacional, o pasto. “A Corteva vem investindo muito forte no Brasil. Neste ano investiu US$ 90 milhões em pesquisa e inovação no país, um investimento expressivo, e assim continua para encontrar exatamente algumas soluções que tirem as dores do pecuarista”, informou o líder de marketing da Corteva.

Um dos frutos recentes deste investimento da companhia em inovação é a geração XT, linha de defensivos que faz o controle por aplicação foliar de plantas daninhas duras (lenhosas e semilenhosas), que até então não tinham solução similar para sua eliminação.

“Com o advento da tecnologia XT, a nova geração de produtos que a Corteva trouxe para o mercado de pastagem, realmente a gente faz bom uso desta mesma área de pastagem já existente, tornando-a produtiva. Quando a gente vê as imagens de antes e depois, fica nítido o acesso que o animal passa a ter à área de pastagens, o potencial todo que a braquiária tem, que é uma revolução que a Embrapa nos trouxe lá atrás, mas que precisa ser expressado este potencial. Se ela estiver neste ambiente competitivo com plantas daninhas, a braquiária também não vai expressar seu potencial e, consequentemente, animal não vai ganhar o peso que precisa”, explanou Daltro.

+ Veja aqui os episódios da série Meu Pasto Extraordinário, que mostra casos de sucesso de produtores no uso de defensivos da linha XT

“Este é o valor da tecnologia, uma aplicação foliar com pouca mão de obra, sem risco para o aplicador, com nível de performance espetacular. É para ser simples, fácil e resolver problemas que a gente lutou por décadas sem ter a solução”, exaltou.

Durante sua participação no programa, Daltro ainda falou da importância do centro de pesquisas da Corteva Agriscience em Mogi Mirim, interior paulista, onde são desenvolvidas, testadas e aprimoradas as tecnologias desenvolvidas pela companhia. Segundo o agrônomo, a empresa está preparando reformulação de sua linha de defensivos para 2020, com produtos mais eficientes – sustentáveis, com doses menores recomendadas, com menos riscos e de mais fácil transporte e armazenamento. “Vem muita coisa nova por aí”, insinuou.

Veja a entrevista completa com Felipe Daltro pelo vídeo abaixo: