Cuidar da tropa dos cavalos de lida da sua fazenda é uma tarefa para gerenciar com rédeas curtas, tendo em vista a importância dos animais para as propriedades de gado de corte. E assim como os bovinos, os equinos também têm suas exigências determinadas para este período de transição entre as águas e a seca. Para tratar do assunto, o Giro do Boi recebeu em estúdio nesta quinta, 26, o médico veterinário Mário Duarte, consultor especialista no assunto.
Duarte destacou que, embora as chuvas estejam voltando a cair boa parte do país, ainda leva cerca de um mês até que as pastagens recuperem suas condições, o que significa que é prudente continuar com a suplementação proteinada, específica para a categoria, até que o capim expresse todo seu potencial novamente. A suplementação alimentar é ainda mais relevante caso haja manejo reprodutivo na fazenda. Com o início da primavera, as éguas voltam a ciclar, mas, assim como as vacas, precisam recuperar escore corporal para estar apta à reprodução.
De todo modo, por conta da suor gerado pelo corpo dos animais ao longo do trabalho, o sal mineral, com todos os seus componentes, nunca deve estar em falta nos cochos, reforçou o consultor.
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Com o fim do inverno, também é possível que os animais estejam infestados com parasitas, que, com as pastagens mais baixas e expostos ao sol, buscam refúgio nos cavalos. Por isto é importante checar a necessidade de aplicar uma dose de vermífugo. Duarte explicou que ao menos duas doses devem ser aplicadas na tropa todos os anos, mas que pode ser necessário fazer até quatro vermifugações ao longo do ano.
Em resposta a interações de telespectadores, Duarte falou sobre tratamento da pitiose equina, dicas de suplementação para recuperação e manutenção de casco a longo prazo e a melhor maneira de inserir o cálcio na dieta da tropa.
Antes de encerrar a entrevista, o veterinário revelou o que não deve faltar na farmácia do pecuarista que é voltada especialmente aos cuidados com os animais de lida. Segundo Duarte, alguns medicamentos podem variar entre regiões por conta de doenças mais comuns em um ou outro local, mas anti-inflamatórios devem sempre estar em estoque porque, em casos de emergência, amenizam o sofrimento até a chegada de um médico veterinário para o atendimento.
Veja a entrevista completa no vídeo abaixo:
