Pecuarista ganha precisão e agilidade com unificação de bancos de dados do PMGZ e Geneplus

Entre os benefícios está o aumento do número de cabeças genotipadas, tecnologia que acelera processo de identificação de animais jovens e aumenta certeza da escolha

Nesta quinta, 08, o Giro do Boi exibiu entrevista com o superintendente técnico da ABCZ, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, Luiz Antônio Josahkian, zootecnista e especialista em produção de ruminantes. Ele comentou a unificação dos bancos de dados de animais qualificados pelos programas de melhoramento genético PMGZ, da própria ABCZ, e da Embrapa, o Geneplus, criando um banco de dados com mais de 20 milhões de cabeças avaliadas.

As duas entidades têm um histórico de parceria que remonta há 30 anos, quando foram pioneiros para moldar os formatos de avaliação genética para a pecuária brasileira. Depois disto, seguiram caminhos paralelos até o ano passado, quando retomaram a parceria efetiva para somar esforços e competências para unificar os bancos de dados para simplificar e aumentar a precisão da tomada de decisões pelos selecionadores do Brasil.

“O resultado é uma avaliação genética em comum, o que é, na nossa opinião, muito útil para os usuários dessa informação”, classificou Josahkian, reforçando que PMGZ e Geneplus permanecem cada um com suas identidades próprias. O que mudou é que a partir de então os sumários de cada programa tornam-se um.

“A fusão do banco de dados enriqueceu muito as informações não só da parte de fenótipo, de pesos, avaliação de carcaças, avaliações visuais, mas também a parte de genótipos e isso contribuiu muito. Para se ter uma ideia, em média nós tivemos um aumento de
75% de acurácia para os animais genotipados, um ganho sem precedentes nesse processo de usar genotipagem no processo de dentro da avaliação genética”.

De 12 mil animais genotipados disponíveis no banco de dados da ABCZ antes da efetivação da parceria, o volume saltou para 40 mil, que deverão passar os 50 mil animais até a virada do ano e, até o fim de 2019, ultrapassar a meta de 100 mil cabeças genotipadas. “Um dos grandes ganhos que nós tivemos é que nós conseguimos com essa avaliação mostrar que a genotipagem sai do plano teórico da ciência e passa a ser aplicada de forma prática, a dar retorno para o criador. Então a gente espera que os criadores se sensibilizem e passem a investir nesta tecnologia porque vão ter retorno imediato”, revelou.

“Eu diria que o grande ganho que a genotipagem dos animais traz neste momento com as metodologias disponíveis é acelerar o processo de identificação dos animais jovens”, resumiu Josahkian, citando redução do intervalo entre gerações e aumento da certeza do criador na decisão de reservar tourinhos e novilhas jovens como alguns dos benefícios.

Veja a entrevista completa no vídeo abaixo: