Roçadas são principal ferramenta de controle de plantas daninhas em 22% das áreas de pastagens

Agrônomo afirma que pecuarista perde tempo e dinheiro controlando infestações com roçadas; manejo poderá ser substituído por novo defensivo que controla as plantas “duras” por aplicação foliar

O Giro do Boi desta segunda, dia 10, foi uma edição especial voltada ao lançamento oficial de uma nova tecnologia que promete ser um divisor de águas para a pecuária de corte a pasto do Brasil. O programa repercutiu o evento que marcou a apresentação da linha de defensivos XT, da Corteva Agriscience, a divisão agrícola DowDuPont, realizado em Campinas-SP na última terça-feira, dia 04.

“Hoje é um divisor de águas, no meu entender. É um produto especial, é mais uma ferramenta para ajudar o pecuarista a ter maior uma maior rentabilidade por área”, classificou o engenheiro agrônomo e pesquisador responsável pelo produto, Alcina Ladeira Neto.

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O produto viabiliza a eliminação de até 80% das plantas daninhas popularmente conhecidas como “duras”, as lenhosas e semilenhosas, cujo controle é mais difícil porque até então não havia produto que cumprisse a tarefa por aplicação foliar e em área total. A única opção era fazer a aplicação no toco, cortando manualmente as plantas e usando produtos de planta em planta, o que aumentava a necessidade de mão de obra e dificultava o manejo do pecuarista.

Por isso algumas das medidas para controle de plantas infestantes em pastagens ainda são paliativas, conforme ressaltou o pesquisador. “22% das áreas de pastagens ainda estão sendo roçadas. É um controle extremamente paliativo, o pecuarista roça hoje e volta amanhã”, reprovou o agrônomo.

Com a nova tecnologia, o manejo de pastagens é facilitado, pois a aplicação do produto é versátil, podendo ser feito por bomba costal manual ou motorizada, trator e aplicação aérea por avião ou helicóptero. A tecnologia é brasileira, mas vai ajudar pecuaristas de outras localidades com clima similar ao nosso. Atualmente já há demanda para exportação para a Austrália e países do continente africano, revelou Alcino. “Essa tecnologia sai do Brasil e está invadindo o mundo para trazer o aumento de produtividade através do controle plantas daninhas difíceis de serem controladas, que a gente chama de pragas duras”, complementou.

O pesquisador direcionou ainda uma mensagem aos pecuaristas preocupados com controle das plantas daninhas. “Você que levanta com seus problemas de plantas infestantes, roçadeira de arrasto, pessoal para roçar, esqueça isso. Pare de roçar, você está perdendo o seu tempo, perdendo dinheiro, está fazendo um controle paliativo. Hoje é um divisor de águas das pastagens brasileiras para controle de plantas daninhas. A tecnologia XT traz uma ferramenta para você conseguir aumentar a sua produtividade”, concluiu.

Veja a entrevista completa no vídeo abaixo: