Três dicas para ganhar dinheiro com confinamento de gado de corte

Pesquisador da Embrapa afirma que pecuarista deve fugir das “receitas de bolo” para não perder oportunidades de buscar ingredientes alternativos no mercado

Tentar encontrar uma “receita de bolo” para formular a dieta do gado terminado em sistema intensivo, seja ele confinamento ou semiconfinamento, pode fazer o pecuarista perder oportunidades de mercado, indicou em entrevista exibida pelo Giro do Boi desta sexta, 23, o engenheiro agrônomo, mestre e doutor em ciência animal Sérgio Raposo, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste.

Nesta reportagem da série Embrapa em Ação, Raposo indicou que o pecuarista deve ter o máximo de informações que puder reunir sobre o perfil de seus animais e o valor do maior número de ingredientes que tiver à disposição. Desta forma, é possível extrair uma informação muito mais precisa de um software de formulação da ração, por exemplo.

O pesquisador fez uma lista de três dicas para que o pecuarista acerte a calibragem de seu sistema intensivo de engorda:

1 – Desenvolver uma fórmula específica de ração para a situação de sua fazenda;
2 – Não pular a adaptação. “Às vezes o produtor acha que está perdendo tempo, mas, na verdade, tem trabalhos mostrando que a adaptação mal feita compromete o trabalho do confinamento como um todo”, advertiu o pesquisador;
3 – Acertar qual a hora de o animal ser abatido. “Especular com o animal terminado, em geral, não vale a pena. O que o animal ganha de peso num dia de confinamento não paga o que o pecuarista deu de comida e você começa a perder dinheiro no confinamento”, alertou.

“Entre a adaptação e o abate, é só ter muita consistência no que fizer e ter orientação para fazer bem feito”, concluiu.

Veja a entrevista completa no vídeo abaixo: