Ultrablack: nova raça deve potencializar a produção de carne de qualidade

Com um grau de sangue ao menos 80% Angus e 20% zebuíno, touros Ultrablack podem ser usados na cobertura de fêmeas meio-sangue para apurar a raça e colaborar para a produção de carne com valor agregado

Com um grau de sangue ao menos 80% Angus e 20% zebuíno, touros Ultrablack podem ser usados na cobertura de fêmeas meio-sangue para apurar a raça e colaborar para a produção de carne com valor agregado

O gerente do programa Carne Angus Certificada da Associação Brasileira de Angus (ABA), Fábio Schuler Medeiros, foi convidado especial do Giro do Boi desta terça-feira, 22. Em entrevista concedida diretamente do estúdio do Canal Rural na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Medeiros detalhou uma das frentes de trabalho da ABA em 2017 é a disseminação de uma nova raça no Brasil, a Ultrablack, animais com ao menos 80% de sangue da raça britânica e até 20% de genética zebuína.

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De acordo com o gerente, a raça vai ao encontro da necessidade de aproveitar as fêmeas meio sangue (F1) que apresentam precocidade e alta fertilidade. “A gente tem o Ultrablack como ferramenta para a continuidade de cruzamento para utilizar em cima da meio sangue. Esses animais basicamente foram selecionados nos Estados Unidos e Austrália, em regiões quentes e com desafio de clima. A gente tem expectativa muito boa para essa raça no Brasil”, acrescentou o gerente.

PROGRAMA CARNE ANGUS CERTIFICADA

Fábio comentou ainda o aumento do interesse do consumidor por carne de qualidade. Prova da mudança é a projeção de volume expressivo de abates certificados pela ABA, que até o final do primeiro semestre certificou 200 mil cabeças e deverá terminar 2017 com 500 mil animais abatidos dentro do programa.

Além de oferecer um produto de alta qualidade e atender a expectativa dos consumidores, o pecuarista fornecedor da matéria prima também recebe bônus por qualidade no valor final da arroba, uma forma de recompensar o trabalho diferenciado. “Quando a gente tem genética de qualidade, a gente potencializa o resultado dos insumos  que a gente compra e consegue produzir mais por hectare, consegue ter ciclo mais curto e ainda ter um prêmio significativo por arroba”, ressaltou Medeiros.

Confira a entrevista na íntegra.