"Vacina, peão!": campanha foca em 4 pontos para pecuarista vacinar no alvo

Conheça a campanha assinada pela AVA - Ação Vacinando no Alvo, uma iniciativa da indústria frigorífica para diminuir prejuízos da cadeia produtiva com as reações vacinais

No programa desta quarta, 1º, o Giro do Boi apresentou como destaque o lançamento da campanha “Vacina, peão!”, um projeto educativo para reforçar a forma correta de vacinação do gado contra a febre aftosa. A iniciativa tem como objetivo evitar prejuízos à cadeia produtiva, reduzindo os problemas derivados da imunização que, se mal executada, pode gerar impactar no desempenho animal e na toalete de suas carcaças.

A campanha está dividida em duas etapas: digital e de relacionamento. Na primeira, as mensagens de fácil entendimento, em formato de memes e em um vídeo bem humorado (vide abaixo), são compartilhadas em um site (www.vacinapeao.com.br) , pelo Facebook (www.facebook.com/vacinapeao) e Instagram (www.instagram.com/vacinapeao). Pela página site ainda é possível baixar cartilhas e apresentações que podem ser usadas para reuniões com os colabores da fazenda. Os produtores impactados pelo projeto receberão ainda mensagens com novos conteúdos periodicamente via e-mail.

SERINGA PARA VACINAR GADO

Em uma segunda etapa, os pecuaristas receberão como reforço de relacionamento com a JBS, que assina a campanha, seringas de alta tecnologia, um modelo reconhecido como o mais seguro do mercado no que diz respeito à redução do risco de acidentes na imunização. Segundo diz o comunicado da companhia, “ela (a seringa) vem protegida por uma cápsula de plástico que forma uma prega na pele do gado e permite que a dose seja injetada corretamente”. Nesta etapa, o kit será entregue pessoalmente aos fazendeiros.

Para falar sobre o lançamento da campanha, o zootecnista e diretor de relacionamento da indústria com o pecuarista Fábio Dias participou do Giro do Boi desta quarta, 1º, e concedeu entrevista ao apresentador Mauro Sérgio Ortega. “A gente fez uma análise completa do que podia fazer diante da reação vacinal e identificou que as coisas mais simples eram as que mais estavam escapando do controle”, adiantou o zootecnista.

Didaticamente, a iniciativa focou em quatro pontos:

1 – Local da vacinação, na tábua do pescoço: neste caso, são diversos argumentos para vacinar nesta região do boi. No local, já é feito o corte da sangria e não há carne de valor agregado. Outro ponto fundamental é facilitar a localização de possíveis abscessos, já que na sala de abate é mais comum – e menos custoso – procurar por reações na tábua do pescoço do que no contrafilé ou picanha, por exemplo.

2 – Tipo da aplicação (subcutânea): “Com a aplicação sendo debaixo do couro, uma possível reação fica praticamente externa à carcaça e à carne carne, portanto mais fácil de ver e seria muito menos custoso o descarte desta reação, já que não é no local de uma carne de valor”, explicou Dias.

3 – Agulha adequada: “A agulha tem que ser nova e curta, que é  a agulha específica para aplicação subcutânea. Muitas vezes na fazenda a gente tem aquela caixinha de agulha e usa a que estiver ali à disposição, que pode ser a grande. Aí o aplicador pode até estar interessando em fazer aplicação debaixo do couro, mas não tem jeito, a vacina vai pra dentro do músculo e fica muito mais difícil identificar (um possível abscesso)”, alertou Fábio Dias.

4 – Vacinar sem pressa: “Quando a gente tenta acelerar manejo, aumenta o risco de acidentes, os animais caem, deitam, então você deixa de caprichar. É evitar a competição de velocidade entre retiros, pois pode ter certeza que se você vacinar mais mil cabeças em um dia, vai ter aplicação fora lugar, abscessos. Ele não precisa fazer assim, é melhor fazer com calma”, recomendou.

“Às vezes o jeito que a gente vai dar o recado é muito mais importante A mensagem já era muito conhecida e a nós estamos lidando com pessoas experientes, que sabem fazer o negócio, então só lembramos alguns detalhes”, completou Fábio Dias.

A campanha “Vacina, peão!” tem a assinatura AVA – Ação Vacinando no Alvo e ficará no ar por 30 dias, período da segunda etapa anual da vacinação contra a doença no Brasil.