Boitel ajuda pecuarista a girar estoque, preservar pasto e deposita quase 9@ em cocho

Além de ajudar produtor no planejamento, boitel também se destaca pelo desempenho zootécnico: em maio, boiada engordada em 115 dias de cocho ganhou 8,7@

Acelerar o giro do boi dentro da porteira é uma ótima forma de aproveitar a valorização da carne bovina. Mas nem sempre o pecuarista tem oferta de forragem suficiente ou insumos para formular uma dieta a preços acessíveis que viabilizam os seus planos. É por isso que em 2021 o uso do boitel como ferramenta de engorda terceirizada se popularizou por todo o país. Nesta terça, dia 22, em entrevista ao Giro do Boi, o gerente da unidade de Confresa-MT dos Confinamentos JBS Renato Fasolo falou sobre o assunto.

“Hoje a gente está com o confinamento lotado. A gente tem uma fila de espera já na agulha para entrar, a procura tem sido muito grande por vários motivos, principalmente porque o pessoal está querendo dar uma folgada nas pastagens agora nesse começo da seca para manter um pouco do capim. E tem muita gente focando em giro. O pessoal tem diminuído muito a engorda na fazenda e focado mais no giro, tratado dentro da porteira um gado mais novo, mais leve, e deixando essa parte da engorda para o boitel. Então tem dado bem certo e a tendência é a procura aumentar”, avaliou Fasolo.

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Além de engordar o gado a um preço acessível pelas negociações antecipadas dos insumos, os boiteis, como o de Confresa, também se destacam pelo desempenho zootécnico dos lotes. “Na época das águas aqui a gente teve um ano um pouco atípico pelo que o pessoal fala e comenta aqui na região. A gente teve uma concentração muito grande de chuva nos períodos de fevereiro e março. Então a gente pega como exemplo uma boiada que a gente abateu em maio e a gente teve resultados muito bons e o pecuarista ficou satisfeito. Nós tivemos um lote de 588 bois que a gente abateu em 20 de maio, o lote sofreu toda essa chuva e ainda assim nós tivemos uma média de produção de 8,7@ num período de 115 dias, com um ganho médio diário de 1,52 kg. Tivemos um desempenho bom mesmo” destacou.

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Em Confresa, o Confinamento JBS entrou em operação em outubro de 2020, atendendo o Vale do Xingu e, conforme salientou Fasolo, estendendo a possibilidade de atender pecuaristas das regiões de Querência, Castanheira, Água Boa, entre outros. “Vai crescendo gradativamente a área de atuação”, ressaltou.

“Nós estamos aqui para atender todos os nossos amigos pecuaristas da região. Estamos à disposição ‘24 horas por dia’ para quem quiser fazer uma visita para nós ou para quem quiser que nós façamos uma visita à propriedade também. E se quiser trocar uma ideia para conhecer melhor o sistema de boitel, com certeza a gente sempre tem uma modalidade de negócio que se encaixa no modelo de produção da fazenda do amigo pecuarista”, reforçou o comprador de gado.

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Em todo o país, os Confinamentos JBS têm oito unidades instaladas em Mato Grosso do Sul (Terenos e Rio Brilhante), Mato Grosso (Lucas do Rio Verde, Nova Canaã do Norte e Confresa), São Paulo (Guaiçara e Castilho) e Minas Gerais (Campo Florido), com expectativas de, em breve, inaugurar a 9ª unidade no estado do Pará. As unidades oferecem quatro modelos de negócio: diária, arrobas produzidas, parceria e ração por kg. Para os interessados em reservas de baias, o contato pode ser feito pelo e-mail [email protected].

“Hoje está lotado, mas a gente tem boi saindo toda semana, entrando toda semana, então a gente faz uma programação. […] Então tem vaga, sim. O pecuarista que quiser ir lá, trocar uma ideia, conhecer a estrutura […], nós estamos à disposição sempre”, estimulou.

Fasolo destacou que o boitel está pronto para atender a demanda do produtor mesmo em maio ao período de alta dos preços dos insumos. “Essa instabilidade dos preços com certeza deu um baque em todo mundo da área de engorda, então a gente tem que ter um planejamento bem bacana para a gente não ficar na mão”, comentou.

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Pelo vídeo a seguir é possível assistir a entrevista completa do Renato Fasolo: