Confinamento ajuda a transformar região do Matopiba na nova “fronteira do boi”

Conheça a história e os diferenciais de um dos maiores confinamentos de gado da região Nordeste do Brasil, o boitel da Captar Agrobusiness em Luís Eduardo Magalhães-BA

Além de fronteira agrícola, a nova “fronteira do boi. É assim que o empresário Almir Morais enxerga o Matopiba, região onde está instalada a unidade de engorda intensiva da Captar Agrobusiness, no município de Luís Eduardo Magalhães.

“Na verdade, o confinamento aqui em Luís Eduardo Magalhães foi (inaugurado) em 2010 ou 2011, mas a minha origem é na pecuária”, contou Morais em entrevista ao Giro do Boi desta quarta, dia 29. Conforme recordou o empreendedor, seu pai era pecuarista na região do semiárido, no Vale do Iuiu, e a família sempre buscou uma solução definitiva para o problema da escassez de alimento para o gado, o que acabou encontrando em Luís Eduardo Magalhães depois que o local passou a ter a presença da agricultura e das agroindústrias de soja, milho, algodão, entre outras.

Exemplo prático da integração da cadeia e da integração lavoura-pecuária no confinamento da Captar

“A gente sempre trabalhou com a ideia de integração da cadeia da bovinocultura. E ela passava logicamente pela integração também lavoura-pecuária. E como as agroindústrias estavam centralizadas em Luís Eduardo Magalhães, não tinha como ser diferente, a gente ir para onde estava a comida – e aí o boi viria para cá da região do semiárido, do Tocantins, de Goiás… Nós estamos muito próximos, a 60 km da divisa, onde tem um volume significativo de boi. Mas a ideia de vir para cá foi em função do projeto de integração, com essa nova fronteira agrícola que envolve todo o semiárido e Matopiba, que representa 20% do território nacional. É, sem dúvida nenhuma, a nova fronteira não só agrícola mas a fronteira do boi também”, comparou Almir.

+ Brasil tem ao menos mais uma fronteira agrícola a ser descoberta

A unidade de boitel da Captar tem hoje a capacidade estática para a engorda de 50 mil cabeças, sendo um dos maiores confinamentos do Nordeste brasileiro. O abate em 2021 se aproximou do total desta capacidade e, para 2022, a projeção do empresário é acrescentar mais um giro e chegar aos 70 mil animais abatidos.

“A Bahia é um estado de oportunidade. A Bahia produz apenas 50% do que consome na pecuária e o resto vem de fora”, salientou Morais. Para estender a oportunidade aos pecuaristas parceiros, o confinamento conta com diferenciais de ICMS que viabilizar a destinação do boi para abate em outros estados conforme a precificação da arroba. “Por conta disso, a gente já tem já no Tocantins, em Goiás e inclusive no Pará, para se ter ideia das oportunidades que a Bahia oferece”, ressaltou.

Em alguns casos, o raio de atuação do boitel chega a 1.000 km de distância. “Devido às agroindústrias, aqui a gente tem uma oportunidade de produzir uma dieta muito barata, o que permite a possibilidade de a Captar oferecer vantagens competitivas para seus parceiros terminarem seus animais aqui e, futuramente, vender fora do estado, conseguindo um preço diferenciado”, lembrou.

O empresário listou os modelos de negócio disponíveis para os pecuaristas parceiros. “A gente tem aqui o boitel, a arroba produzida, a parceria premium, que a gente pesa na fazenda do produtor, dá um rendimento de carcaça e ainda banca o frete, e outras modalidades que forem necessárias para fazer negócio. A Captar está aqui para fazer negócio na relação ganha-ganha. Então a gente pode garantir aos pecuaristas destas regiões, do Matopiba e também no restante da Bahia, que a gente consegue não só terminar os animais com o padrão que as indústrias precisam, mas também a nível de remuneração a gente consegue um dos melhores preços do Brasil”, sustentou.

Confira também:

+ Fazenda da Bahia produz boiadas “da prateleira de cima”; veja o vídeo

Pelo vídeo a seguir é possível assistir a entrevista completa com o pecuarista Almir Morais, gestor da Captar Agrobusiness: