Em ano de insumos mais caros, boitel pode ser a solução para o pecuarista

Sem necessidade de desembolso pelo serviço de engorda até que os animais sejam abatidos, produtor pode investir capital dentro de sua porteira

Com um cenário de insumos mais caros para as dietas intensivas para gado de corte, a terceirização da engorda pode ser uma solução viável ao pecuarista em 2020. Quem apontou a alternativa ao Giro do Boi desta quarta, 12, foi o gerente de unidades dos Confinamentos JBS, Mário Yoneda.

“Esse ano é um ano de energia muito cara, o milho está muito caro (relação de troca nesta quarta, 12, aponta 3,8 sacas de milho por arroba de boi gordo, veja abaixo), então a questão do confinamento vai ajudar muito o pecuarista neste sentido. […] Proteinado, energético e insumos como esses, para se usar na fazenda, vão acabar sendo caros e o pecuarista não vai conseguir terminar adequadamente os animais”, explicou Yoneda.

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Nesta situação, caso opte pela engorda nas unidades do boitel da companhia, o produtor não tem necessidade de desembolsar pelo serviço até que os animais sejam abatidos, ou seja, não precisa se descapitalizar. Com isso, os investimentos podem ser voltados para a intensificação da fazenda, seja na compra de reposição ou nas pastagens. “O pecuarista manda o boi para a gente e, desde o transporte, a gente já fica responsável. Todas as despesas de confinamento são descontadas no acerto do abate, o pecuarista realmente não põe a mão no bolso, o dinheiro que ele estaria pagando a ração, ele pode investir no gado (de reposição)”, frisou.

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As pastagens também podem precisar de reforço em 2020, conformou apontou o gerente. “A ferramenta do confinamento vai funcionar muito bem esse ano também porque, apesar de estar chovendo agora, não choveu quando precisou. Então muita gente está com pasto verdinho, mas não tem volume, não tem massa para passar a seca. Então o confinamento vai ajudar muito este ano”, estimou.

Yoneda reforçou também que a modalidade de terminação está quebrando paradigmas ao deixar de ser útil somente na entressafra, quando faltam pastagens para a engorda. “Os confinamentos estão trabalhando cheios, estão lotados e a gente vem reservando as vagas. Estamos passando um período de chuvas e isso foi muito legal esse ano para mostrar para o pessoal que está se quebrando aquele paradigma de que o boi das águas é mais complicado, não desempenha. A gente está mostrando que isso não tem muita influência desde que a gente trabalhe com o confinamento bem alinhado, com as baias limpas, a nutrição bem adequada”, destacou.

O profissional comentou ainda quais as vantagens do uso do confinamento como sistema de engorda para a ponta final da cadeia produtiva da pecuária de corte. “No animal confinado, a qualidade é muito superior. O acabamento dos animais, são animais jovens, então isso impacta bastante para o pessoal que consome essa carne, realmente tem muita qualidade”, reforçou Yoneda.

O contato para pecuaristas interessados nos modelos de negócios dos Confinamentos JBS (diária, parceria, arrobas engordadas e ração por kg) pode ser feito pelo e-mail [email protected]. A companhia tem unidades em plena atividade em Mato Grosso do Sul (Terenos); São Paulo (Guaiçara e Castilho) e Mato Grosso (Lucas do Rio Verde e Nova Canaã do Norte). Em breve, outras três unidades entrarão na lista de opções ao produtor: Rio Brilhante-MS, Campo Florido-MG e Confresa-MT.

Veja a entrevista com Mário Yoneda da íntegra pelo vídeo abaixo: