Formação correta de lotes para embarque é saudável para o animal e para o bolso do pecuarista

Não misturar categorias e homogeneizar o peso dos bovinos a serem transportados respeita o bem-estar e reduz o custo do pecuarista com o frete

Respeito ao bem-estar animal, menor volume de lesões em carcaça (e portanto, aumento da produção de carne) e, ainda, economia com o frete. O produtor que faz o dever de casa na formação adequada dos lotes que vai embarcar, seja de gado magro para um confinamento, por exemplo, ou gado gordo pronto para o abate, tem uma série de benefícios. Foi o que apontou ao quadro Giro na Estrada desta sexta, 19, o engenheiro agrônomo e coordenador de logística da Friboi, Leonardo Vieira.

O coordenador explicou a razão para o pecuarista não misturar, em uma mesma carga, distintas categorias de animais. “Além de você ter a mistura (indesejável) de categorias de animais, colocar boi com vaca e novilha ou até chegar no ponto de marruco, isso atrapalha e acaba dificultando, principalmente porque você tem problemas de contusão, lesões. Você trabalhar sempre com lote padronizado e com animais da mesma categoria para dentro de uma carga é melhor e você consegue ter benefícios com isso, além de otimizar melhor os veículos”, apontou.

Além disto, é ideal que o produtor trabalhe com lotes sempre com peso padronizado, o que facilita o cálculo de animais que vão caber em determinado caminhão. “Quando você trabalha com diferencial de peso muito grande, por exemplo, transportando um lote de bois muito pesados e novilhas, você não consegue trabalhar dentro do mesmo veículo com uma lotação adequada, aí você acaba com alguns compartimentos ociosos e outros superlotados. Com isto, você tem problemas porque os animais, com a superlotação, acabam sendo espremidos uns pelos outros e acabam já tendo uma contusão quase imediata e, no ocioso, os animais não têm apoio ao longo do percurso e acabam tombando, acabam sofrendo quedas. […] Então você trabalhar com uma carga adequada é o melhor dos mundos tanto para o pecuarista como para quem faz a logística destes veículos”, recomendou Vieira.

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Além de aumentar a produtividade de carne da fazenda adotando estas boas práticas de manejo no embarque, já que evita perda com limpeza de contusões ou até mortes de animais em casos mais graves, o produtor também pode economizar com o frete ao ajustar o volume de veículos destinados ao transporte. “Você consegue otimizar o volume correto de veículos, colocar dentro de cada um a quantidade exata de animais e com isso você tem redução significativa de (preço de) frete”, acrescentou.

Veja o quadro Giro na Estrada na íntegra pelo vídeo abaixo: