Para ter equipe comprometida, pecuarista deve fazer avaliação sistemática dos funcionários

Especialista em gestão de recursos humanos no meio rural, Jack Lubaski dá dicas para pecuaristas e funcionários instituírem avaliação anual de desempenho

“Será que eu consigo avaliar meu colaborador? É necessário isso? Bom, se você quer pessoas comprometidas, responsáveis e que você tenha argumentos para falar com elas e verificar onde elas podem melhorar, onde elas estão fazendo um excelente trabalho e onde você verifica que existe espaço de crescimento, a avaliação é uma ferramenta que você pode usar aí na sua fazenda”, disse a pedagoga, jornalista e consultora em gestão de pessoas e desenvolvimento humano em empresas rurais na Destrave Desenvolvimento, Jacqueline Lubaski na edição desta sexta, 04, do quadro Gestão de Pessoas na Fazenda.

A profissional lembrou que já esteve em fazendas em que prestava consultoria que até mesmo os funcionários reclamavam da falta deste feedback e que, depois de implementado, muitos deles cresceram nas carreiras.

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A especialista, então passou dicas para que o gestor possa iniciar a cultura de um processo de avaliação sistemático na fazenda. “Tem vários critérios e várias formas. O formato, cada um pode fazer o seu. Eu sempre verifico e digo que não dá para fazer o que eu faço numa fazenda na outra. Não dá para ser igual. Pessoas são diferentes, cada ambiente, cada estrutura, cada região, de acordo com a cultura da empresa, tudo isso muda muito o formato que a gente pode trabalhar e com a avaliação não é diferente. Eu sempre falo que a gente tem que colocar algumas perguntas-chave que você espera do perfil de entrega desta pessoa. Por exemplo, esse colaborador está disponível sempre que eu preciso dele? Ele está disposto? É um profissional proativo? Dê uma nota. Estabeleça você qual é a nota máxima e que porcentagem você quer que esta pessoa entregue”, explicou.

Lubaski elencou alguns pontos essenciais que não devem faltar em uma avaliação:

– Proatividade;
– Pontualidade;
– Cumprimento das regras de segurança, como uso de EPI;
– Avaliação comportamental;
– Cumprimento de metas.

“Então insira as perguntas que você acredita que sejam importantes, que você gostaria da entrega, e vá avaliando. Você cria um critério de que porcentagem você gostaria que esta pessoa cumprisse, que fosse o mínimo para mantê-la na sua propriedade, então chame este colaborador e dê este retorno a ele. Com isso você vai verificar se esta pessoa realmente vale a pena, se você tem que trazer qualificação ou se você tem que buscar novos profissionais”, direcionou.

Lubaski frisou a importância de conversar com o funcionário depois da avaliação. “Antes de tomar qualquer tipo de decisão, chame esta pessoa e dê o retorno para ela de como você está identificando seu desempenho”, aconselhou.

Lubaski também ressaltou a importância da integração do colaborador no processo de avaliação. “Você, colaborador, também fique de olho porque o bacana é sempre avaliar as pessoas e você, claro, deve ter a maturidade de também receber estas informações e mudar também”, finalizou.

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Veja a edição completa do quadro Gestão de Pessoa na Fazenda no vídeo abaixo: