“Parece que jogou adubo”, diz agrônomo sobre pasto sem plantas daninhas

Defensivo elimina a competição por nutrientes do solo, água e luz e contribui para elevar a produtividade das forrageiras

“O pecuarista até fala: ‘parece que jogou adubo no pasto’. Mas não, a gente tirou a competição e o pasto desafogou”, falou ao Giro do Boi desta sexta, 24, o engenheiro agrônomo Élder Carmo, da Carmo & Leite Representações, empresa representante comercial da linha de pastagem da Corteva Agriscience.

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De acordo com o agrônomo, a impressão é por conta do efeito dos defensivos, como os da linha XT, na eliminação da competição por luz, água e nutrientes do solo dentro do mesmo piquete. “Se tirar a competição, o capim se desenvolve bem melhor, tanto no perfilhamento, a formação de raiz, a relação haste x folha, aí você deixa ele (o pasto) desafogado, só produzindo”, disse.

Élder atua na região sudoeste do Pará e Baixo Amazonas auxiliando produtores no combate às plantas daninhas em pastagens, um desafio significativo para um bioma como o Amazônico, onde há calor e umidade durante praticamente todo o ano. Com o reforço da linha XT, o produtor pode fazer aplicação foliar para controlar as plantas daninhas mais persistentes, lenhosas e semilenhosas.

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Em sua participação no programa, Élder ajudou a responder à dúvida do pecuarista Michel, com propriedade em Santarém-PA. “Tenho um terreno de criação de gado no Pará de 100 hectares, mas não sei qual pastagem traria mais resultado para o gado. Eu queria consorciar a pastagem com leguminosas para fixar nitrogênio no solo. Qual o procedimento a ser feito? Qual braquiária e leguminosas plantar?”, questionou.

Segundo o agrônomo, a escolha do capim depende de variáveis como solo, clima, relevo e a taxa de lotação desejável. Caso o desejo seja por um capim mais produtivo, pode-se apostar em um Panicum, como Mombaça, Tanzânia ou Zuri, mas que ao mesmo tempo são mais exigentes em fertilidade do solo. Já a opção mais rústica poderia ser o Braquiarão, que faz boa cobertura de solo. Em áreas mais baixas, com risco de alagamento, é preferível optar pelas humidícolas. Em todo caso, é necessário uma análise profunda da área e dos objetivos para um aconselhamento mais preciso, ponderou Élder.

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Sobre o consórcio de forrageira com leguminosa, o agrônomo disse que é o manejo torna-se mais difícil por conta da alta competição com plantas daninhas. Uma vez que a leguminosa tem folhas largas, quando o produtor precisar lançar mão de defensivos para controlar as plantas indesejáveis no pasto, pode ser que elimine também a leguminosa ou, caso seja herbicida para folhas estreitas, prejudique seu pasto.

Assim, para aumentar os índices de nitrogênio no solo, Élder aconselhou análise de solo e adubação para que o capim melhora sua resposta e seja mais nutritivo ao gado.

Veja a participação completa de Élder Carmo no vídeo abaixo: