Pecuária gaúcha perde mais de R$ 170 mi/ano com doença parasitária

Para explicar a gravidade do problema, o médico veterinário e gestor de demanda da Boehringer Saúde Animal, Leandro Silva, participou do programa Giro do Boi desta segunda-feira, 25, e apresentou as consequências e soluções para minimizar os impactos provocados por uma determinada espécie de mosca que deposita ovos nos animais em ferimentos como no umbigo do bezerro e em procedimentos cirúrgicos como castrações. Silva acrescentou que outros fatores também influenciam nas infestações como o uso de arame farpado nas fazendas

Um levantamento feito pela Embrapa Pecuária Sul, sediada em Bagé, RS, aponta um prejuízo de grandes proporções ocasionado pela miíase, mais conhecida como bicheira de bovinos e ovinos. A estimativa, que levou em conta gastos com medicamentos e mão de obra, é de custo anual de R$ 171 mi, deixando de ser somados perdas de peso e a depreciação no couro dos animais.

Para explicar a gravidade do problema, o médico veterinário e gestor de demanda da Boehringer Saúde Animal, Leandro Silva, participou do programa Giro do Boi desta segunda-feira, 25, e apresentou as consequências e soluções para minimizar os impactos provocados por uma determinada espécie de mosca que deposita ovos nos animais em ferimentos como no umbigo do bezerro e em procedimentos cirúrgicos como castrações. Silva acrescentou que outros fatores também influenciam nas infestações como o uso de arame farpado nas fazendas. “Como os ovinos e a grande maioria dos bovinos do sul do país possuem pelos longos, muitas vezes fica difícil do produtor identificar as bicheiras e, quando detectado, já está em estágio avançado”, disse o veterinário.

A pesquisa somou, ainda, as despesas individuais com medicamentos e mão de obra e, somente com cada bovino, chegou a um gasto anual ultrapassando R$ 1.500,00/cabeça. “Os métodos preventivos giram em torno de uma boa cura do umbigo dos recém-nascidos e cuidados com os procedimentos pós castração. Em se tratando de métodos curativos, ou seja, com a identificação das bicheiras, nós possuímos tecnologia em medicamentos que tratam os animais”, acrescentou.

A Embrapa Pecuária Sul alerta que até o mês de abril, época de calor na região, as incidências da bicheira são maiores, mas já há relatos de infestações o ano todo. Uma vez detectado o problema, a orientação é que seja aplicado medicamento conhecido como mata-bicheira ou larvicida no local infestado. Na sequência, deve ser feita a remoção das larvas, limpeza da ferida e tratamento com cicatrizantes e repelentes. O tratamento exige que os animais doentes sejam apartados do lote e levados para uma área isolada até a sua cura total.

Confira, abaixo, a entrevista com o médico veterinário:               

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