Pecuarista deve estar atento à sanidade para prevenir doenças e produzir carne sem resíduos

Confinamento traz desafios como doenças respiratórias, parasitoses, clostridioses e diarreia viral e produtor tem solução para cuidar da saúde do rebanho sem deixar resíduo no produto final

Nesta quinta, dia 06, o Giro do Boi levou ao ar entrevista com o pecuarista Hélio Garcia e com o gerente nacional de trade e demanda da Boehringer Saúde Animal, Paulo Colla. Em pauta estiveram os cuidados com a sanidade dos animais prestes a entrar em confinamento, geralmente uma categoria que passa pelo estresse da mudança de ambiente e do transporte em grandes distâncias.

“Você tem que olhar todo o animal, a carcaça, a qualidade, a sanidade e a gente tem que ter cuidado de preparar esse animal bem preparado para que na hora em que ele venha a ser terminado em cocho ele tenha condições para ganhar mais peso. […] A gente desafia muito o animal em termos de transporte, é muito longo, muda a alimentação dele. Tem que estar muito atento à sanidade. Pneumonia e clostridioses são muito atuantes no animal que está viajado, debilitado e estressado”, alertou Garcia, que traz a sua reposição do Tocantins para terminação em confinamento em Barretos-SP.

Já Paulo Colla destacou que é preciso ter um protocolo sanitário especificamente voltado para animais que sofrem esta carga expressiva de estresse. “É um desafio quando o animal é submetido ao estresse da compra, da retirada daquele ambiente em que ele estava na fazenda e sofre um transporte, muitas vezes acima de 500 km. A gente tem tido preocupação de montar um protocolo sanitário adequado para prevenir. O segredo é prevenir. […] Nessa época seca do ano a gente tem várias oscilações climáticas, de temperatura, durante o período de confinamento. E o retorno financeiro desse confinamento tem que ser protegido”, reforçou.

Mas Colla destacou ainda que o protocolo de sanidade dos animais pode contemplar mais do que a saúde, mas também problemas que podem ser gerados na comercialização da carne. Para se livrar de resíduos no produto final, o pecuarista pode buscar produtos com carência zero, ideal para o período de 90 a 110 dias em que o animal é terminado em cocho. “Para animais de exportação, como da Lista Trace, que vai para a Europa, ou para colocar essa carcaça em vários mercados, o pecuarista precisa ter essa segurança, então o investimento em sanidade vai além de cuidados com as parasitoses, clostridioses e doenças respiratórias”, acrescentou.

Durante a entrevista, Paulo Colla citou ainda uma solução para um problema praticamente invisível dentro das propriedades brasileiras, mas que já tem solução inovadora, que é a BVD, a diarreia viral bovina, uma doença que tem sintomas diversos, mas que ainda é difícil de ser detectada.

Veja os detalhes na entrevista completa pelo link abaixo: