Seis fatores que sustentam a margem das fazendas de pecuária mais lucrativas

Aprenda que diretrizes as fazendas que dão prejuízo devem seguir para se transformarem em top rentáveis do Brasil

No encerramento do Giro do Boi especial para o lançamento do Benchmarking 2018-19, estudo realizado pelo Instituto Inttegra, especializado em assessoria de propriedades rurais por meio de métricas gerenciais, o zootecnista Antônio Chaker, mestre em produção animal e diretor do instituto, revelou quais são os fatores responsáveis pela sustentação da margem em uma fazenda de pecuária de corte.

Veja na lista a seguir:

1 – Conhecimento como principal ferramenta da produção.

O uso de conhecimentos é gratuito, portanto saber como apartar corretamente o gado, identificar o período ideal de iniciar a adubação de pastagem e o melhor período para o nascimento dos animais na fazenda são coisas simples e sem custo para implementar.

2 – Antes de intensificar a produção, intensifique a gestão.

Chaker afirmou que o pecuarista deve acompanhar de perto se está acontecendo em sua propriedade aquilo que realmente deveria acontecer, lançando mão de rituais semanais e mensais para apurar as metas.

3 – Manejo de pastagem deve ser tema técnico de maior foco dos gestores.

“Não dá para imaginar uma propriedade de altíssima margem se ela não tiver elemento de manejo de pastagem como destaque”, resumiu.

4 – Reconhecer que lotação é uma construção.

Itens básicos como ganho de peso diário e taxa de desmame são mais relevantes do que lotação. Se uma fazenda suporta mais gado do que caberia, seu manejo de pastagem piora e ela acaba produzindo menos em meio a este processo.

5 – A estratégia de entressafra determina o sucesso econômico.

Chaker lembrou que existem duas fazendas em uma mesma propriedade no Brasil: de outubro a março ela é uma, e de março a outubro é outra completamente diferente. Por isso o pecuarista deve ter uma estratégia de entressafra desenhada neste momento. Sim, mesmo recém-terminada a estação seca, o produtor já deve construir a sua próxima estratégia de entressafra, caso contrário não terá tempo hábil para executar. “Se não fizer nada, ou fica caro ou vai produzir pouco”, simplificou o zootecnista.

6 – Layout da fazenda.

Os gestores devem sempre entender como a fazenda foi montada para aproveitar o máximo da propriedade.

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O consultor mostrou ainda o caminho àqueles pecuaristas cuja fazenda ainda não tem os fatores acima como parte da rotina para que consigam mudar o rumo de seus negócios. Segundo Chaker, são quatro os comportamentos que levam uma fazenda ao lucro:

Criatividade: essencial para as pessoas encontrarem formas mais inteligentes de executar uma mesma tarefa;

Liderança: o líder mostrar o caminho;

Cultura da mudança permanente: ter em mente que “o que me trouxe aqui não é o mesmo que vai me levar adiante”. Conforme advertiu o consultor, “o pior que pode existir dentro de uma empresa é a chamada arrogância intelectual”. Chaker explicou que o termo remete ao gestor que imagina que tudo que vai aprender será a partir de si mesmo e que não há nada mais a se fazer além de tudo que foi feito até ali.

Colaboração: aprender com quem já sabe, compartilhar resultados e criar condições de se trabalhar junto com outras pessoas.

Segundo Chaker, a lição que fica do Benchmarking 2018-19 é que as fazendas devem usar em sua gestão “mais processos e menos recursos”, afinal, resultado não se compra.

Veja no vídeo abaixo o 7º e último bloco do Giro do Boi especial de lançamento do Benchmarking 2018-19: