Vaca fértil: tecnologia garante mais bezerros, agora, por categoria de fêmeas

Confira os detalhes da entrevista com a médica veterinária e doutora em reprodução bovina Laís Mendes Vieira, da MSD Saúde Animal. Ela explica sobre o novo lançamento da companhia

Ter uma vaca mais fértil. Este é o principal requisito na hora de iniciar os trabalhos de inseminação artificial por tempo fixo (IATF).

A técnica, atualmente, serve para emprenhar 20% do rebanho de vacas no País. É também uma das grandes chaves de sucesso para garantir mais bezerros ao final da estação reprodutiva de uma fazenda de corte.

Desde maio deste ano, uma nova tecnologia veio para ajudar o pecuarista a emprenhar essa fêmea bovina mais facilmente.

A grande novidade é que poder aumentar o índice de concepção desses animais, agora, por categoria de fêmeas.

O produto é um dispositivo intravaginal de progesterona para a sincronização do cio de fêmeas bovinas. Há um produto específico para novilhas, vacas de corte e vacas leiteiras.

“Basicamente, a diferença está na concentração de progesterona”, diz Laís Mendes Vieira, gerente de produtos da linha reprodutiva de ruminantes da MSD Saúde Animal.

Vieira é médica veterinária, mestre e doutora na área de reprodução bovina. Ela esteve no programa Giro do Boi desta quinta-feira, 7, e falou sobre a novidade.

O que é progesterona?

Vacada nelore com bezerro nelore ao pé. Foto: JMMatos
Vacada Nelore com bezerro nelore ao pé. Foto: JMMatos

A progesterona é o hormônio responsável pelo ciclo reprodutivo das fêmeas. É produzido no ovário das vacas e prepara o animal para sua futura gestação.

A avaliação de Vieira é que cada categoria de animal tem uma necessidade específica deste hormônio. Por isso, foram lançados dispositivos com concentrações de hormônio distintos para novilhas, vacas de corte e vacas leiteiras.

Tecnologia

Técnico pecuário durante procedimento de IATF na fazenda. Foto: Divulgação
Técnico pecuário durante procedimento de IATF na fazenda. Foto: Divulgação

As concentrações de progesterona são de 0,558 grama, para novilhas; 1 grama, para vacas de corte; e 1,3 grama, para vacas de leite.

Cada embalagem do produto possui dez dispositivos intravaginais. O uso é único. Então é usado um dispositivo para cada protocolo de IATF.

“Conforme nós fomos evoluindo, fomos também entendendo as demandas específicas por categoria de animais. E, com isso, vamos fazendo ajustes finos”, diz Vieira.

Os 3 passos para a saúde reprodutiva

Botijão de sêmen para inseminação de vacas. Foto: Divulgação
Botijão de sêmen para inseminação de vacas. Foto: Divulgação

No entanto, a especialista destaca que, antes de dar início aos protocolos reprodutivos na fazenda, o pecuarista deve se atentar em três passos: 

  • 1º passo: Preparação do ambiente. É importante verificar a qualidade do ambiente e da infraestrutura. Isso serve para manejar os animais com mais segurança e bem-estar.
  • 2º passo: Treinamento profissional. A capacitação adequada dos vaqueiros que vão executar o procedimento também é essencial.
  • 3º passo: Saúde dos animais em dia. É preciso também trabalhar de forma preventiva com a parte sanitária, com controle parasitário e demais protocolos que vacinas.

Quer saber mais sobre a tecnologia? confira no vídeo acima na íntegra.

Links de referência

Clique aqui e confira um vídeo de como é utilizado o produto.