Defensivo recém lançado viabiliza controle de plantas daninhas com menos de 50% do custo da reforma de pasto

Agrônomo responsável por pesquisa de nova tecnologia que controla plantas daninhas duras por aplicação foliar alerta para ineficácia de roçadas e dá dicas para aumentar produtividade da pecuária a pasto

Nesta quinta, 18, o Giro do Boi repercutiu o lançamento regional da tecnologia XT de combate a plantas daninhas de difícil controle feito recentemente em Goiânia, capital do estado de Goiás. Os defensivos da linha foram desenvolvidos pela Corteva Agriscience, divisão agrícola DowDuPont, e fruto de pesquisa do engenheiro agrônomo Alcino Ladeira Neto, profissional com mais de 40 anos de experiência no setor.

Ladeira lamentou que em boa parte das vezes o problema de infestação de plantas daninhas acontece por negligência do produtor, o que acaba por depreciar o seu patrimônio imobiliário. O agrônomo destacou que áreas de pastagens produtivas, além de retornar em desfrute na pecuária de corte, podem valer até o triplo na comparação com áreas infestadas.

“Nós estamos tendo decréscimo de produtividade. A média brasil a 3,5 a 4,5 arrobas por hectare ao ano é muito baixo. Como nós podemos comparar com uma agricultura? Nós temos que ter níveis de 20 arrobas por hectare ao ano. […] Em uma pesquisa recente, descobrimos que 22% das áreas de pastagens estão sendo roçadas. Estamos perdendo a produtividade. Temos, na última década, 30 milhões a mais de áreas infestadas e o pecuarista está roçando”, alertou Alcino, uma vez que a medida paliativa não é a mais indicada para tornar o pasto produtivo novamente de maneira definitiva.

Segundo o agrônomo, para o produtor aproveitar o potencial do país para produção de carne bovina a pasto, com alta temperaturas, chuvas constantes e luminosidade adequada, o produtor deve investir no controle das plantas invasoras, uma tarefa que se tornou mais fácil com o lançamento da tecnologia XT.

“O caminho é este: combater plantas difíceis de serem controladas. Em áreas com muita planta infestante, vai ter o sombreamento e nesta área não tem praticamente planta forrageira. Aí tem que fazer recuperação da área. Mas eu posso garantir que custa menos de 50% do investimento da reforma de uma área e vai trazer uma solução eficaz para o pecuarista”, declarou o pesquisador, referindo à limpeza de pastagens com a tecnologia recém-lançada.

Veja a entrevista completa no vídeo abaixo: