Desempenho no 1º trimestre gera expectativa para aumento das vendas de sêmen em 2019

Vendas de sêmen de gado de corte tiveram crescimento significativo na comparação com o mesmo período de 2018; veja os números

Em entrevista concedida ao Giro do Boi desta quarta-feira, 26, o presidente da Asbia, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial, Sérgio Saud, revelou os números do desempenho do setor no primeiro trimestre de 2019, com expressivo crescimento tanto para gado de corte quanto gado de leite na comparação com o mesmo período de 2018.

As vendas de sêmen de gado de corte passaram de 1,33 milhão para 1,56 milhão, um crescimento de 17,3%. Já as comercializações para gado de leite foram de 1 milhão de doses para 1,09 milhão, crescimento de 8,4%. O crescimento total das vendas da categoria foi de 13,5%, conforme aponta a tabela abaixo:

A Asbia já havia celebrado o crescimento das vendas em 2018 na comparação com 2017, conforme mostra o link abaixo. Por isso mesmo, a expectativa por um crescimento semelhante em 2019 gera expectativas, afinal no segundo semestre acontece um natural aquecimento do mercado, sobretudo para o gado de corte, tendo em vista o início da estação de monta na maioria das fazendas brasileiras.

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Saud creditou o crescimento a razões que vão desde a exigência do consumidor com o crescimento de produtividade proporcionado pelo cruzamento industrial, passando também pela consolidação do Nelore como raça-mãe dos diferentes tipos de cruzamentos.

“É um resultado digno de comemoração, pois é o reconhecimento do criador brasileiro, que realmente enxergou as vantagens da inseminação artificial como uma ferramenta barata, simples, fácil de usar e que traz um resultado fantástico”, celebrou.

O presidente da Asbia reforçou também que o bom relacionamento entre indústria frigorífica e pecuarista estabeleceu um ambiente seguro para os investimentos dos produtores. “O consumidor pressiona as duas pontas da cadeia, tanto o frigorífico quanto o produtor, então acho que é muito legal todo esse processo que a gente está vivendo no Brasil, eu diria há pelo menos dez anos pra cá, e a inseminação artificial vem na esteira disso, ou seja, é o começo de tudo você investir em uma boa genética”, opinou.

Veja a entrevista completa com desempenhos por raças e por estados no vídeo abaixo: