Tecnologia viabiliza engorda de um boi "extra" a cada 18 cabeças confinadas

Blend de óleos essenciais usado em dietas intensivas dispensa uso de antibióticos e melhora a fermentação do rúmen, resultando no ganho de uma arroba a mais por animal confinado

Nesta quarta, 04, o gerente nacional de confinamento da Tortuga DSM, Marcos Baruselli, participou do Giro do Boi para fazer o lançamento do Simpósio DSM de Confinamento 2018. Ao todo, serão 11 eventos por todo o Brasil (veja a agenda abaixo), começando por esta quinta, dia 05, em Ribeirão Preto, interior do estado de São Paulo. “Procuramos levar informações técnicas e de mercado aos confinadores que estão se preparando para confinar animais em 2018, analisando preço de boi magro, de bezerro e de dieta pra fazer o melhor planejamento possível e já começar a rodar o sistema dentro de uma gestão eficiente. Este é o momento de fazer as contas e refletir sobre como encarar o ano de 2018”, avaliou Baruselli.

Para validar os dados apresentados nas etapas dos simpósios, o companhia fez um estudo de benchmarking, comparando os desempenhos de três mil fazendas por todo o território nacional. “É uma coleta de dados bastante robusta, que mostra bem o perfil da pecuária brasileira, dos confinamentos brasileiros”, classificou o gerente nacional de confinamento da Tortuga DSM.

Um dos principais conteúdos dos simpósios é a apresentação do Crina, um blend de óleos essenciais que dispensa o uso de antibióticos, além de trazer benefícios como não deixar resíduo na carne e melhorar a fermentação do rúmen, antecipando a adaptação dos animais à dieta intensiva. O impacto da tecnologia nos animais foi validado pela Esalq/USP. “A gente tem conseguido o resultado de colocar uma arroba a mais no ganho de peso de um animal num prazo médio de 90 dias de cocho. […] A cada 18 animais, você praticamente ganha um animal de 18 arrobas a mais no confinamento porque está colocando uma arroba a mais por animal”, calculou.

Sem antibiótico, suplemento de cocho garante arroba extra por cabeça

“A adaptação do animal ao confinamento é muito eficiente, rápida e segura. A adaptação do boi confinado leva geralmente de dez a quinze dias, depende da dieta. Mas com a nova tecnologia, a gente observa que animal se adapta muito rápido e reduz o que chamamos de taxa de refugo. Alguns confinamentos usando o Crina têm tido taxa de refugo próxima a zero, com consumo alto de matéria seca já nos primeiros dias. […] Quando o animal se adapta bem no primeiro quinze dias, a chance de o confinamento dar certo aumenta muito porque ele já consome bem a ração, aumenta ingestão de matéria seca e começa a ganhar peso já nos primeiros dias. E o Crina, por ser uma molécula aromatizante, estimula esse consumo de matéria seca desde os primeiros dias de cocho e com isso o benefício aparece. É assim a gente consegue produzir uma arroba a mais num período de 90 dias”, detalhou Baruselli.

Confira a programação completa dos Simpósios DSM de Confinamento 2018:

Nesta quinta, 05, à partir das 8h30 no Espaço Golf, em Ribeirão Preto-SP, acontece o primeiro evento da série. O simpósio contará com palestrantes como Sérgio De Zen, do Cepea Esalq/USP e Rodrigo Albuquerque, consultor e editor do Notícias do Front.

Veja o vídeo completo da entrevista da Marcos Baruselli ao Giro do Boi desta quarta no player abaixo: