Raça Piemontesa vai bem para cruzamento industrial no Brasil?

O quadro “Giro do Boi Responde” tirou a dúvida de um criador paulista sobre a viabilidade do uso do Piemontês no cruzamento com fêmeas zebuínas nos trópicos

O quadro “Giro do Boi Responde” tirou a dúvida de um criador paulista sobre a viabilidade do uso do Piemontês no cruzamento com fêmeas zebuínas nos trópicos

A pergunta foi feita pelo criador Júlio César Medeiros, que tem propriedade em Lagoinha-SP. Ele diz que na Itália, a raça Piemontesa é a mais usada em programas de cruzamento industrial e aqui no Brasil poucas vezes ele presenciou esse tipo de cruza, alegando que gosta muito do resultado dos animais meio sangue.

Quem respondeu ao criador foi o especialista em genética, raças e cruzamento industrial, o zootecnista Alexandre Zadra, autor do blog “Crossbreeding” e supervisor regional comercial da Genex para os estados do Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia.

O especialista destacou que a raça tem uma ótima propensão a produção de carne e grande potencial de adaptabilidade no cruzamento com o Zebu, bom rendimento, mas é uma raça de dupla musculatura, o que dificulta o acabamento das carcaças. “Poucas raças de dupla musculatura no Brasil vão bem. No nosso caso nós temos a matriz zebu como base da produção de animais de corte. Quando usamos um animal de dupla musculatura, o animal não tem acabamento. Nosso sistema de produção prevê uma recria de um ano para uma engorda de mais alguns meses. Dessa forma o acabamento é importante, por isso que as raças de menor porte, Angus e Hereford, por exemplo, vão muito bem, por se equilibrarem” explicou.

Veja a resposta completa do zootecnista no vídeo a seguir:

 

 

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