Solo fraco, produtividade alta: ILP ajuda fazenda a engordar bois de 14 meses e 19@

Veja como uma propriedade de solos arenosos no MS tornou-se referência na agricultura e pecuária de corte de ciclo curto por meio da integração

Uma terra desafiadora para a alta produtividade – o areião sul-mato-grossense – tornou-se o recanto de uma propriedade referência em desempenho tanto para a agricultura quanto para a pecuária de corte.

No mês em que celebra os seis anos desde que foi ao ar pela primeira vez, em 12 de maio de 2014, o Giro do Boi está exibindo algumas das reportagens de maior sucesso de sua série especial Rota do Boi. Entre estes conteúdos está um que pertence à 8ª temporada da Rota do Boi (exibida originalmente em julho de 2016), gravada na Fazenda Cachoeirão, dos irmãos Rodrigues Pereira, localizada em Bandeirantes-MS.

“Esta é uma região de terra fraca, terra arenosa, com 10% a 15% de argila, então não é uma terra que se falava que dava soja aqui. Esse é um grande desafio. Então inicialmente a gente falava que se empatasse (as contas) com a agricultura, nós vamos ganhar com a pecuária porque vamos reformar o pasto de forma mais barata. Só que a gente enxergou que a agricultura também pode dar dinheiro, que a gente consegue hoje, com a tecnologia que foi chegando nos últimos anos, fazer hoje uma agricultura de ponta mesmo com uma terra mais fraca”, lembrou Nedson Rodrigues, um dos proprietários.

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O produtor rural falou que entretanto os maiores ganhos com a integração vão, proporcionalmente, para a pecuária, uma vez que manter a qualidade das pastagens na entressafra era tarefa muito difícil em meio à região de solos fracos. “O grande ganho vem na pecuária. Hoje a gente ganha dinheiro na própria agricultura e na pecuária maior ainda, porque quando eu tenho esse nível de pastagem, eu aumento a minha carga animal por hectare, eu aumento a minha produção de arrobas por hectare, eu ganho muito em redução de (idade de) abate. […] Tirando vaca de descarte, todos os animais de engorda que vão para abate têm até 24 meses”, informou Nedson.

O principal fator responsável pela aceleração do giro do boi na fazenda é justamente a qualidade dos pastos plantados nas áreas de integração, conforme disse o pecuarista. “É um ciclo muito curto, graças a uma recria que é muito bem feita numa pastagem de excelente qualidade numa época de inverno, onde era para estar tudo seco aqui e nós estamos com uma pastagem verde desta. Então tem os segredinhos que fazem com que a gente consiga isto”, ilustrou.

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A propriedade faz a cria, recria e engorda de animais Nelore, F1 Angus e também tricross, utilizando o Limousin para o cruzamento terminal. Mais da metade dos machos produzidos na fazenda vão direto da desmama para o confinamento, com supressão da recria. No cocho, eles passam por uma terminação de 150 dias, em que são engordados e enviados para abate com 14 meses e um peso médio que varia de 19 a 19,5@.

O restante dos animais, aqueles que não chegam no peso ideal na desmama para a terminação do superprecoce, são destinados a uma recria a pasto de um ano e somente depois disto passam pelo confinamento, em um período menor, cerca de 100 dias, para depois serem comercializados para o abate.

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Veja a reportagem completa gravada na Fazenda Cachoeirão em episódio da 8ª temporada da Rota do Boi:

 

Foto: Reprodução / Facebook Fazenda Cachoeirão