A pecuária de Mato Grosso do Sul está na trilha do desenvolvimento econômico e sustentável. Atualmente, metade do boi abatido por um grupo de produtores tem média de 20 meses.
Outro dado positivo é do aumento de abates de 30% em dez anos. Esses dados são resultados do trabalho dos pecuaristas ligados à Associação Sul-mato-grossense de Produtores de Novilho Precoce, a Novilho Precoce MS.
No ano passado, a entidade abateu 90 mil bovinos e este ano estima chegar a 100 mil bovinos. A grande contribuição desses produtores é a gradual redução da idade de abate desses animais.
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“Nos enche de orgulho ver que 50% dos animais abatidos são de bovinos de até os 20 meses de idade, com boa carcaça e atendendo os mercados que querem melhor qualidade”, diz Rodrigues.
O pecuarista é o presidente da Novilho Precoce MS. Ele foi o entrevistado do programa Giro do Boi desta quarta-feira, 6. O produtor falou sobre o papel de produzir bois numa pegada cada vez mais sustentável.
História de 25 anos na produção de novilho precoce
Desde que foi criada, em 1998, a Novilho Precoce MS tem promovido o conceito de uma pecuária mais dinâmica, que emite menos gases de efeito estufa (GEEs) e que está agregando valor à arroba do boi entre os associados.
Hoje, são 350 produtores associados. Segundo Rodrigues, o destaque ao longo desses 25 anos da associação foi um olhar futuro muito atraente no mercado.
“Enxergamos um mercado lá na frente com uma pecuária feita através de alianças mercadológicas, integrando e estreitando todos os elos da cadeia de produção da carne bovina”, diz Rodrigues.
O grupo inclusive apoiou e ainda apoia políticas governamentais – nas esferas estadual e federal – que beneficiam o produtor. Entre elas estão políticas de valorização dos animais por intermédio da associação e também pelo programa Precoce MS.
Pecuária mais intensiva
No Estado, a fórmula do novilho precoce veio para trazer mais ganhos e turbinar a atividade pecuária, tornando-a mais intensiva.
A razão disso pela gradual pressão de outras atividades no campo, como a produção de grãos e silvicultura, com o plantio de eucalipto.
“A pecuária que tinha um ciclo mais longo teve de se renovar e evoluir para poder ser competitiva. Isso aconteceu nos últimos dez anos”, diz o pecuarista.
O maior investimento em genética, nutrição e sanidade foi importante para os produtores alcançarem o patamar atual da produção de novilho precoce. Confira no vídeo acima os detalhes do trabalho da Novilho Precoce MS.
Links de referência
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/318093/producao-de-novilho-precoce
