Confinamento do boi das águas rendeu margem de 40% ao pecuarista do MT

Produtores que usaram boitel em Lucas do Rio Verde tiveram custo da arroba produzida em torno de R$ 125 e arroba do boi bordo comercializada por cerca de R$ 180

O pecuarista que abateu lotes engordados em confinamento neste início de ciclo das águas no Mato Grosso teve uma margem de até 44% na arroba do boi gordo em comparação com o custo das arrobas produzidas em cocho.

O número é referente ao custo da arroba engordada na unidade do Confinamento JBS em Lucas do Rio Verde-MT neste início de ano, girando em torno de R$ 125, ao passo que a arroba do boi gordo foi comercializada por R$ 180. “O desempenho da boiada das águas foi excepcional, fizemos cerca de 20 mil animais neste período e, graças a Deus, todo mundo ficou satisfeito, todo mundo ficou tranquilo, com dinheiro no bolso e preparado para a próxima rodada”, destacou o gerente do boitel, Hélder Pureza.

Enquanto a margem para o próximo ciclo ainda esteja em um cenário incerto, com possíveis alterações de consumo em maio à pandemia de coronavírus e aumento dos custos de produção, Pureza destacou que parte destes custos está travada devido à aquisição antecipadas dos insumos pela companhia. “A gente já tem praticamente tudo, o pecuarista que está com boi bom a gente aqui ou fechando a negociação não sofre todo este impacto desta valorização dos insumos”, reforçou.

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O gerente de originação da unidade Friboi de Diamantino, Thiago Bessa, apontou também para o diferencial da qualidade dos animais terminados no confinamento. “Ela (a boiada) é abatida aqui em Diamantino, é uma planta enorme, tem várias habilitações para exportar para vários países. Então a gente acaba recebendo este produto e o que a gente vai falar deste animal que vem de Lucas do Rio Verde é: padronização. É um animal terminado e com a carcaça muito bem aproveitada. A carcaça, a gente sabe, hoje em dia está bem disputada, está um mercado bastante agitado, então é melhor aproveitar ao máximo este animal, aproveitando o máximo este animal no confinamento ele chega aqui padronizado, a gente tem altos níveis de Farol Verde da Qualidade, então isso é traduzido no final em produção de carne de qualidade. Se a gente está falando em produzir carne de qualidade, o confinamento é um dos propulsores deste movimento”, declarou Bessa.

Entre as modalidades de negócios para os pecuaristas que buscam a engorda em boitel estão diária, parceria, arrobas engordadas e ração por kg. Em todas as modalidades, o invernista tem comodidades como a absorção do boitel de rejeitos de cocho ou mortes e ainda o fato de ele não precisar desembolsar nada até o momento do abate do lote, quando os custos serão descontados.

O contato para os interessados em mais informações sobre a engorda nas unidades dos Confinamentos JBS (Rio Brilhante e Terenos-MS; Lucas do Rio Verde, Confresa e Nova Canaã do Norte-MT; Guaiçara e Castilho-SP; ou ainda Campo Florido-MG, a ser inaugurada) pode ser feito pelo e-mail [email protected].

Veja mais informações nas entrevistas completa com Hélder Pureza e Thiago Bessa no vídeo abaixo: