“Não é hora de tirar o pé da adoção da tecnologia”, afirma zootecnista

Em palestra no Webinar Pasto Extraordinário nesta 5ª, dia 02/07, especialista vai apresentar oportunidades de investimento em pastagens no cenário atual

As oportunidades de investimentos do pecuarista em pastagens será um dos temas da primeira palestra do 10º Webinar Giro do Boi – Pasto Extraordinário que acontecerá na manhã desta quinta-feira, dia 02, às 8h30 (horário de Brasília). O zootecnista Guilherme Foresti Caldeira, gerente de marketing de campo da Corteva Agriscience e que será palestrante no evento, adiantou parte do conteúdo em entrevista ao programa desta quarta-feira.

“Amanhã a gente vai fazer uma apresentação dividida em duas partes. Na primeira parte, a gente vai falar um pouquinho para os nossos amigos sobre o momento atual da pecuária nacional dentro do contexto não só das oportunidades do mercado interno, mas também do mercado externo, e a gente vai fazer uma analogia bastante simples. A gente dividiu a história da pecuária em fases e, junto com estas análises, a gente vai linkar o consumo per capita, principalmente da população dentro de cada fase. […] Na verdade, o objetivo todo desta primeira parte da conversa é mostrar o tamanho das oportunidades que a gente tem dentro do contexto da produção da pecuária a pasto e, principalmente, quais são os caminhos que a gente deve seguir agora para que a gente consiga capturar todas essas oportunidades dentro de um contexto de responsabilidades, responsabilidade social, sustentável…”, revelou.

Webinar vai ajudar pecuarista a cultivar seu próprio “pasto extraordinário”

Conforme projetou o zootecnista, as oportunidades são “gigantescas” dentro deste contexto e, portanto, o aporte de tecnologia segue sendo essencial para aumento de produtividade e renda. “Manter pastagens livres das plantas daninhas – isso talvez seja um dos principais pilares para que a gente consiga ser competitivo economicamente dentro do contexto deste tipo de produção. Então embora a gente tenha um momento com algumas restrições, a gente entende, pensando em médio e longo prazos, que as oportunidades continuam sendo gigantescas e o Brasil realmente tem um potencial produtivo, por diversas razões, fantástico. E agora não é a hora de a gente tirar o pé da adoção da tecnologia, uma vez pensando que a atividade pecuária é de ciclo longo. Com certeza este momento que nós estamos passando vai mudar e aí o pecuarista tem que estar realmente com seus pastos preparados para conseguir atender estas oportunidades”, indicou.

O especialista disse que além de contexto de mercado, também abordará aspectos mais específicos do aumento de produtividade por meio da limpeza de pasto. “Amanhã a gente vai entrar um pouco mais em detalhes de todo o processo de acompanhamento e levantamento de plantas daninhas nas pastagens. Realmente temos que estar atentos. Agora com o metabolismo da planta (mais lento) por falta de chuva em algumas regiões e noites com temperaturas um pouco menores, a gente não indica fazer nenhum controle químico neste momento de aplicação foliar. A planta não está preparada para poder absorver este produto, tem um metabolismo um pouco mais lento e vai acabar prejudicando o controle destas daninhas. Mas […] o grande segredo da seca é você justamente conseguir ajustar a sua carga de lotação a sua capacidade de suporte, quantos animais você coloca naquela determinada área, porque como você tem uma diminuição muito drástica no potencial produtivo do seu capim, é importante você manter uma carga animal ajustada durante este período, porque senão você vai ter problemas quando você iniciar o seu período das águas. O seu pasto vai demorar muito mais tempo para recuperar. Então estar na propriedade, estar no campo e fazer toda esta averiguação constantemente para conseguir ajustar este processo de manejo é essencial”, recomendou.

10º Webinar Giro do Boi – Pasto Extraordinário: inscrições

Caldeira reforçou ainda que a equipe técnica e de representantes da companhia segue disponível para ajudar o produtor nesta missão de monitorar suas pastagens, ponderando as adaptações que devem ser feitas em período de pandemia. “Manejo é uma coisa bastante complexa, não é nada matemático, mas é importante a gente deixar este recado para o nosso amigo produtor e dizer que a nossa equipe também está à disposição, logicamente respeitando todas as regras específicas de cada estado dentro do momento da quarentena. Mas nos locais onde está aberto para este tipo de trabalho, até levando em consideração que é uma atividade em área aberta, fazer um acompanhamento num determinado pasto, a gente indica, sim. Se nós não pudermos ajudar presencialmente, mas que pelo menos o nosso amigo produtor faça este tipo de trabalho e mande fotos, mande informações via internet para nós, nós estamos preparados e de portas abertas para ajudar neste momento de seca”, completou.

Série ‘Meu Pasto Extraordinário’ reúne casos de sucesso no controle de plantas daninhas

Webinários Giro do Boi: assista as transmissões e baixe as palestras

Veja a entrevista completa com Guilherme Foresti Caldeira no vídeo a seguir: