“Queria saber se para instalar um semiconfinamento eu preciso ter os cochos para trato perto dos piquetes ou posso instalar a uns 300 metros longe dos piquetes, com acesso por corredores. E isso influi no aumento de peso diário?”, perguntou o invernista Paulo Mello, de Estrela Velha-RS.
O zootecnista José Leonardo Ribeiro, gerente de produtos de ruminantes da Guabi Nutrição e Saúde Animal, atendeu o produtor, confirmando que a dúvida costuma ser recorrente.
“No teu caso, 300 metros de distância não comprometerão o desempenho dos animais, mas sempre lembrando que quanto mais próximo estiver o piquete da área de fornecimento de ração para o animal, menor será o gasto de energia e menor será o tempo para o animal se deslocar. Consequentemente, isso vai agregar ganhos para os seus animais”, analisou.
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O especialista elencou outros fatores que podem ter influência no desempenho dos animais semiconfinados:
Horário de fornecimento: segundo Ribeiro, a ração para o gado deve ser servida sempre na mesma hora todos os dias para que os animais, no momento certo, já estejam próximos ao cocho e permaneçam somente o tempo necessário ali, aproveitando também mais tempo pastejando nos demais horários do dia.
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Espaçamento: no semiconfinamento são fornecidos de 0,5% a 2% do peso vivo do animal na ração, por isso o espaço por cabeça deve ser suficiente para que o animal aproveite toda ração que lhe é oferecida. É um manejo diferente do confinamento, onde os animais passam no cocho 24h por dia, por isso evitar que os animais dominantes espantem os dominados é essencial. Segundo o zootecnista, o pecuarista deve garantir ao menos 50 cm lineares por cabeça.
Ao considerar que os animais tenham acesso ao cocho pelos dois lados, Ribeiro destacou que a base superior deve ter pelo menos 50 cm, caso contrário deve-se considerar que há acesso somente por um dos lados, fazendo com que a área de cocho precise ser maior.
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Tipo de ração: o zootecnista pediu cuidado com as rações fareladas, que podem ser desperdiçadas pela profundidade do cocho. Se a ração estiver depositada no fundo do recipiente, o desperdício pode chegar a até 15%, embora a ração esteja sendo computada como fornecida, “mas efetivamente animal não estará sendo beneficiado pelo consumo”. Neste caso, o especialista recomendou o uso de rações com pellets maiores, reduzindo o potencial de perda do produto.
No vídeo a seguir é possível assistir a resposta completa do zootecnista José Leonardo Ribeiro, gerente de produtos de ruminantes da Guabi Nutrição e Saúde Animal, ao invernista gaúcho:
