Economize até 60% cuidando bem do pneu do caminhão na sua fazenda

Preservando a carcaça do pneu, produtor pode economizar 60% na hora da troca por conta da possibilidade de fazer até duas recapagens

Alinhamento, balanceamento, controle de pressão, escolha do desenho da banda de rodagem, emparelhamento… Cuidar destas variáveis que afetam o desempenho do pneu pode evitar a redução de sua vida útil e ainda economizar até 60% na hora da troca. A economia pode ser sentida diretamente no bolso do pecuarista, que normalmente usa dentro de sua fazenda um cavalo trucado que leva o vagão forrageiro ou que serve para transportar lotes de animais de um retiro para o outro, por exemplo. Além disso, garante a segurança do transporte boiadeiro tanto para motoristas quanto para os bovinos transportados.

Quem falou sobre o assunto no quadro Giro na Estrada desta sexta, dia 13, foi o coordenador de manutenção da TRP Matheus Pereira da Silva. Ele é o responsável por fazer a gestão do uso de pneus por toda a frota de cerca de 2.300 veículos da companhia em todo o Brasil.

“Quando a gente fala do pneu adequado, o pneu correto para cada ambiente, nós estamos falando de colocar aquilo que o ambiente exige da gente. Então nós que estamos nas fazendas no Brasil inteiro temos que identificar aquele desenho que melhor atende o nosso pecuarista, e atende também os nossos fornecedores para poder colocar no local correto”, explicou o coordenador. Os modelos variam entre os indicados para rodar em estradas de terra, em rodovias asfaltadas ou mistos.

+ Tem dúvidas sobre bem-estar no transporte boiadeiro? Pergunte ao motorista

Saiba como funciona o monitoramento 24h do transporte boiadeiro no Brasil

A partir da escolha do desenho adequado, é importante que se conheça o peso do veículo que será sustentado pelo pneu. “Realmente o grande ponto que o nosso amigo pecuarista tem que garantir aqui é o controle de pressão quinzenal. Independente se é na camionete, no seu aparelho, no equipamento agrícola ou no seu caminhão, e garantir o desenho adequado. Quando nós erramos o desenho adequado para o ambiente, infelizmente o pneu vai se perder”, alertou.

“A primeira questão quando nós falamos da qualidade do pneu é garantir que ele rode na pressão adequada porque a pressão adequada é determinada pelo peso. Quem determina a calibragem de um pneu é o seu peso (carregado). Então quando a gente não calibra, a gente está tirando a condição adequada do pneu de fazer a sua rodagem, e aí […] a gente afeta diretamente a sua carcaça e a forma que ele vai conduzir, vai girar sobre a estrada. Ele vai ficar no ponto incorreto sobre o solo e a sua carcaça, na sua lateral, vai ficar mastigando porque ele não vai estar com a pressão adequada ao peso ideal que é carregado. Vai perder totalmente a estrutura do pneu e sua banda de rodagem com o seu contato ao solo também se perde porque ele não vai estar apoiado corretamente ao solo. Você também perde sua estabilidade de direção, sua dirigibilidade, que é o que o fornecedor garante, e também a sua qualidade de carcaça porque ele pode vir até a romper sua cinta”, advertiu.

Além de garantir que o pneu tenha vida útil maior por meio destes cuidados, o produtor também pode economizar até 60% na hora da troca. Isto porque com a carcaça preservada, o pneu pode suportar até duas recapagens. Na primeira recapagem, a economia é de 40% em relação a um pneu novo (que pode custar entre R$ 1.000 e R$ 1.500). Com uma segunda recapagem, a economia é de 60% na comparação com a compra do pneu novo, conforme apresentou Matheus.

+ Conheça os bebedouros ecológicos feitos com pneus gigantes

“Porque realmente quando a gente fala deste investimento de R$ 1.000 a R$ 1.500 em um pneu, a recapagem hoje usualmente chega em torno de 40% deste valor no mercado, então se você consegue chegar na segunda vida de um pneu, recapeando no local correto com toda infraestrutura, ela te garante uma vida útil muito melhor do que não tratar o pneu no momento correto, nas suas necessidades, e aí tem que fazer o investimento de um novo pneu novo”, apontou.

Durante sua participação no programa, Matheus listou ainda os cinco maiores ladrões de quilometragem de um pneu:

– Alinhamento incorreto: reduz em até 25% a quilometragem de um pneu;
– Balanceamento incorreto: reduz em até 25% a quilometragem de um pneu;
– Controle de pressão inadequado: reduz em até 25% a quilometragem de um pneu;
– Desenho de banda inadequado: reduz em até 40% a quilometragem de um pneu;
– Emparelhamento inadequado: reduz em até 25% a quilometragem de um pneu;

Carretas adaptadas a condições locais melhoram transporte boiadeiro

Veja a entrevista completa com Matheus Pereira da Silva ao Giro do Boi desta sexta, 13: