As chuvas na região de Mozarlândia, noroeste goiano, estão dentro da média em 2021? A pergunta do telespectador Antônio Russo encontrou resposta na previsão do tempo que foi ao ar no Giro do Boi desta sexta, 26, em participação do meteorologista e doutor em ciência ambiental pela USP Marcelo Schneider, coordenador regional do Inmet, o Instituto Nacional de Meteorologia, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
“A gente percebe que em janeiro ficou bem abaixo. Esses tons vermelhos indicam que o tempo estava bem quente e seco naquela região no oeste de Goiás. Entretanto, em fevereiro houve mais precipitação, principalmente perto do Distrito Federal e toda parte aqui de Minas Gerais, mas também pegou algumas áreas nos arredores de Mozarlândia. E a chuva dos últimos trintas dias, que captura essa precipitação agora do final de fevereiro e março nas três primeiras semanas, indicam […] chuva acima dos 200 mm em várias áreas, inclusive aqui nos arredores de Mozarlândia e pegando também toda essa parte mais Central e Norte do Brasil, onde tem ocorrido muita chuva, muita precipitação, que também pegou parte da região produtora do norte de Goiás, norte de Mato Grosso também. As áreas mais secas estão realmente na Bahia, principalmente no norte, na divisa com Sergipe, Paraíba, área de Pernambuco, principalmente, e algumas áreas isoladas no interior de SP e em Mato Grosso do Sul”, especificou Schneider.
O coordenador do Inmet também respondeu a pergunta de Sérgio Funari, que perguntou a previsão do tempo para a região de Cascavel-PR durante abril. “Tem alguma chuva chegando – as chuvas desta semana. Parte das chuvas não tão intensas, mas tem algumas precipitações chegando e umedecendo o solo na região de Cascavel, no Paraná. Para a outra semana (02 a 09 de abril), tem previsão também indicando alguma umidade. E em termos de previsão estatística do Inmet, indica que em média existe uma tendência de que as chuvas fiquem um pouco abaixo do normal em abril. Então tem as chuvas destas semanas, mas depois deve voltar a ficar um tempo um pouco mais seco naquela região”, apontou
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O especialista anunciou a previsão do tempo para os próximos dias em todo o Brasil. “Nos próximos dias, a partir de sexta e sábado, já tem um canal de umidade chegando e atuando na Região Sul, principalmente Rio Grande do Sul, Santa Catarina. […] Chuvas muito bem vindas que vão pegar a maior parte do Rio Grande do Sul, o sul de Santa Catarina. […] Tem umidade disponível para o Centro-Norte do Brasil, então pega toda essa região aqui no Nordeste, Maranhão, Ceará, Piauí, muitas áreas vão ter chuva bem torrencial nesta sexta e sábado. Algumas áreas do Matopiba também vão ter muita umidade com pancadas de chuva. Então essas áreas do Nordeste nesses próximos dias vão ter umidade suficiente para provocar chuvas mesmo em áreas do interior, do agreste e também do semiárido, alcançando também naturalmente a região do Matopiba”, projetou.
“A previsão de domingo indica o deslocamento de uma frente fria, as temperaturas caem e chega a temperatura de outono em parte do Brasil”, continuou. “Então diminui intensidade do calor, vem um friozinho, a primeira amostra de temperaturas baixas no Sul do País, pegando pelo menos até o Paraná, no domingo”.
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“A partir de domingo tem uma instabilidade em São Paulo, em áreas do sul de Minas e a partir de terça e quarta-feira muda a direção do vento, tem uma precipitação e as temperaturas caem. O padrão da primeira massa de ar frio não é tão intenso, mas essas áreas do Sul, principalmente no oeste da Região Sul e depois aqui de São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas vão ter uma redução considerável das temperaturas. […] As áreas mais frias alcançam o Rio Grande do Sul e depois se espalhando um pouco mais para a Região Sul e também nos arredores de São Paulo entre terça, quarta e quinta -feira”, detalhou.
“Tem alguma tempestade isolada nesta sexta-feira e sábado em parte da Região Sul, mas de caráter muito isolado. Algumas regiões podem ter chuva com granizo muito rápido e eventual, principalmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, alertou o meteorologista.
“Os acumulados de chuva dessa semana com a chegada dessa frente ficam em alguns pontos do Rio Grande do Sul, principalmente área Centro-Sul, talvez o oeste e noroeste, a região da fronteira oeste, região missioneira, podendo passar dos 50 mm. Na área de campanha, bem na fronteira com o Uruguai também […]. Em outras áreas do Brasil, atenção especial nessas regiões de divisa entre o Pará, indo para a área mais centro-norte do Maranhão, pegando região também do Piauí. Essas regiões vão ter chuvas nesta semana passando de volume de 150, inclusive se aproximando dos 200 mm, bastante chuva. E permanece a precipitação, a gente já tem até registros de alguns transbordamentos de rios no Acre. Vai continuar chovendo bastante nessa região e no extremo-sudoeste da região Amazônica”, resumiu.
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“Por outro lado, o volume de chuvas diminui nessa região mais noroeste de São Paulo, nordeste de Mato Grosso do Sul, algumas áreas aqui do norte de Minas com pouca precipitação. […] Tem até uma instabilidade chegando na Bahia, provavelmente aumente um pouco a umidade nessas áreas mais do centro-norte”, ponderou.
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“Instabilidade no Sul do País, principalmente centro-sul gaúcho com volumes podendo passar dos 50 mm. E outras áreas de instabilidade diminuindo, mas ficando mais concentradas ao centro-norte de Goiás, Tocantins, principalmente ao norte aqui de Mato Grosso. Os volumes variam entre 30 a 40 e chegando até os 80 mm nesta semana que vem, de sexta-feira, dia 02, até 09 de abril”, adiantou.
“Falando de La Niña ainda permanecem as condições de água abaixo do normal, mas com intensidade bem fraca. […] E o que houve de melhora para a Região Nordeste é que aumentaram as áreas de água quente, não só ao norte do Atlântico Norte, mas também ligeiramente aqui na costa. […] Significam temperaturas acima do normal, o que deve ajudar a ter chuva nesses próximos dias, como a gente viu. Então é muito bem vindo esse aumento da temperatura da superfície do mar, que melhora umidade e aumenta as chuvas em parte da Região Nordeste do Brasil”, celebrou Schneider.
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Confira a previsão completa pelo vídeo a seguir:
