Ele mora em Turiúba, às margens da parte limpa do Rio Tietê no interior de SP, região próxima de Araçatuba. Sua fazenda, entretanto, está localizada no Maranhão. E apaixonado pela raça Gir que é, ele quer saber qual cruzamento fazer com suas matrizes para aumentar a produção de leite. Esta é a dúvida do criador César Caires.
Foi o zootecnista Guilherme Marquez, gerente nacional de produto leite da central Alta Genetics, quem atendeu o pecuarista. Marquez destacou a evolução do Gir a partir da seleção dos produtores brasileiros.
“A raça, sim, sofreu influências genéticas, mas nós estamos falando de processos de seleção genética. Ou seja, começamos a apartar há muitos anos os animais de melhor produção na raça e aí a gente começou a fixar mais o gen para leite, ou seja, nós conseguimos através do homem selecionar as diferenças, mudanças de alelo dentro daquela base genética do Gir, selecionando quem era o melhor para se reproduzir. Então nós tivemos uma evolução muito grande na produção de leite”, destacou.
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“Há 30 anos a gente tinha vacas leiteiras com 2.000 quilos de leite, filhas de touros Gir, e hoje nós estamos beirando 4.500 quilos de leite de produção”, enalteceu o especialista.
Mas qual é o melhor cruzamento? Marquez fez a recomendação.
“Se você for cruzar entre raças distantes geneticamente, com certeza é o Holandês. E aí a gente vai formar hoje o sucesso que existe no Brasil, que é a raça Girolando. É o cruzamento do Holandês com o Gir Leiteiro, fazendo animais F1 e, posteriormente, chegando nos animais de composição racial ⅝ Holandês e ⅜ Gir Leiteiro”, concluiu.
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Foto: Reprodução / ABCGil
