Confinando nas águas, pecuarista alivia lotação da fazenda e ajusta fluxo de caixa

Zootecnista destacou ainda o desempenho da boiada engordada no cocho, com potencial de ganho de carcaça de quase 1,2 kg por dia

Além da tradicional engorda intensiva na entressafra, o período seco do ano, o confinamento se tornou ferramenta versátil que serve para todas as estações do ano para o pecuarista. Em participação no Giro do Boi desta quarta, 24, o zootecnista Alex Ortelan, especialista em nutrição e pastagem e em gestão de confinamento, falou sobre os benefícios do confinamento do boi das águas.

“Além do manejo de pastagem na transição da seca para as águas, quando você faz um ajuste na lotação da sua fazenda e permite que o pasto rebrote da melhor forma possível, você ajusta também o seu fluxo de caixa. Você tem uma entrada de dinheiro na sua propriedade no decorrer do ano, não só no período seco. Essa é uma grande vantagem para o pecuarista”, sustentou Ortelan, gerente de nutrição dos Confinamentos JBS no Brasil.

Boiteis ajudam pecuarista a distribuir fluxo de caixa ao longo do ano

A condição favorável ao pecuarista pode ser reforçada ainda com a engorda terceirizada nos boiteis da companhia, conforme apontou o zootecnista. Isto porque dentro das modalidades de negócios oferecidas nos confinamentos da empresa (confira detalhes no fim desta página) não há desembolso imediato – os custos são descontados somente após o abate do lote. Assim, o produtor ganha fôlego em seu caixa para investir em outras áreas da fazenda.

“A vantagem que a gente enxerga no boitel é que o pecuarista não precisa deixar o dinheiro imobilizado naquela dieta, na frente daquele período de engorda do animal. O pecuarista engorda o animal, recebe por ele e depois faz o pagamento do que foi gasto para alimentar. Você não precisa se imobilizar uma quantia de dinheiro no início do confinamento”, frisou.

Ortelan revelou os custos atuais que os produtores teriam para engordar um animal em confinamento próprio. “De R$ 1.000,00 a R$ 1.200,00 por boi. É um montante de dinheiro muito alto que a gente evita o gasto do produtor no início da engorda. Ele acerta lá no final, após obter a receita dos animais. […] Hoje, com a alta dos insumos, esse valor pode chegar a até R$ 1.500,00 ou R$ 1.600,00”, quantificou.

Em ano de insumos mais caros, boitel pode ser a solução para o pecuarista

Nos boiteis da companhia, conforme salientou o especialista em gestão de confinamento, o pecuarista também tem a vantagem de contar com um custo otimizado da engorda por conta de travas nos preços dos insumos com antecedência. “A parte proteica da nossa dieta já está fechada para os próximos dois anos. Então a gente já está com preços travados para a gente assegurar o melhor preço de diária para o pecuarista. A gente faz isso para prevenir essas oscilações”, acrescentou.

Além de reforçar o manejo de pastagem e o fluxo de caixa, o produtor também assegura o preenchimento de todo o potencial de carcaça na engorda em boitel, conforme disse Ortelan. Em 2020, os animais engordados no boitel apresentaram ganho médio diário – GMD – de 1,710 kg e ganho de 1,180 kg de carcaça por dia. “Também com um ganho médio em arrobas de 8,4@ nos confinamentos nossos no Brasil” acrescentou.

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“E mesmo na época das águas a gente consegue otimizar o manejo, fazer alguns ajustes e manter ganho de peso e ganho de carcaça desses animais”, garantiu o zootecnista.

Entre os ajustes feitos para a engorda das águas está a redução da lotação das baias para evitar formação de barro excessivo em decorrência das chuvas, por exemplo. “E acabando as águas, nós já estamos preparando as nossas estruturas para aumentar a lotação das baias de novo, a lotação de seca novamente, devido à demanda que a gente está tendo pelos nossos boiteis. A gente vem com uma lotação mais baixa nas águas e agora vamos evoluir para uma nova lotação, sempre atendendo as metragens recomendadas pelos pesquisadores da área de bem-estar animal, para atender os amigos pecuaristas que vierem nos procurar”, respaldou.

Em todo o Brasil, são oito unidades dos Confinamentos JBS: Rio Brilhante e Terenos, em Mato Grosso do Sul; Lucas do Rio Verde, Nova Canaã do Norte e Confresa, em Mato Grosso; Castilho e Guaiçara, em São Paulo; e Campo Florido, em Minas Gerais. Os modelos de negócios disponíveis são constante para todos os boiteis: diária, parceria, arrobas engordadas e ração por quilo.

Mais informações sobre confinamento e reservas de baias podem ser obtidas por contato pelo e-mail [email protected].

Boitel ajuda a tapar os gargalos da engorda intensiva para o pecuarista

Confira a entrevista completa concedida por Alex Arceli Ortelan ao Giro do Boi desta quarta, 24: